Author(s):
Pinheiro, Margarida M.
; Sarrico, Cláudia S.
; Santiago, Rui, A.
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10773/6681
Origin: RIA - Repositório Institucional da Universidade de Aveiro
Subject(s): competências sociais, PBL, ensino superior profissionalizante, contabilidade
Description
O presente estudo explora os efeitos das metodologias PBL ao nível das competências sociais dos alunos. As questões de investigações trabalhadas envolveram alunos, docentes, diplomados e empregadores, e pretenderam: (1) saber se os modelos PBL reforçam o desenvolvimento de competências sociais, contribuindo para o desenvolvimento de parcerias de aprendizagem; (2) averiguar se a metodologia melhora as competências sociais dos diplomados PBL quando comparados com outros graduados; e (3) perspectivar o papel das metodologias PBL ao nível das competências sociais na construção do perfil de um graduado para o terceiro milénio. Apesar de podermos concluir, como outros estudos antes, que as metodologias PBL privilegiam um conjunto de competências sociais diferentes das adquiridas com os currículos tradicionais, pelo menos no que respeita ao trabalho em equipa e ao desenvolvimento de relações interpessoais, a tendência geral das entidades empregadoras em não reconhecer o impacto da introdução das metodologias PBL no campo das competências sociais, é susceptível de introduzir na literatura um dado novo. Aceitando a orientação comum dos empregadores como um resultado não casuístico, lançamos a questão de repensar os modelos PBL, de forma a que as competências sociais que tais metodologias (des)envolvem possam ir de encontro às expectativas daqueles, no sentido de contribuírem para um perfil do diplomado positivamente mais diferenciado. A questão que pode ser colocada é a de saber se, verdadeiramente, os empregadores valorizam este tipo de competências. Do que nos foi dado percepcionar, algumas entidades parecem desajustar-se dos modelos teóricos que defendem um conjunto de competências sociais como essenciais ao desempenho integrado do diplomado, apontando para uma via bastante mais individualizada, em que o graduado deve realizar o seu trabalho quase sem estabelecer contactos sociais