Descrição
Na realização deste trabalho foram utilizados 12 borregos da raça Ile de France (IDF) e 12 borregos da raça
Churra da Terra Quente (CTQ) com 104 dias de idade. Os borregos foram sujeitos a um teste que seguiu
procedimento proposto por Tallet et al. (2005) e adaptado por Silva e tal (2008). De forma breve foi criada uma
área de teste com 5,5 m de comprimento, 2 m de largura e 1,5 m de altura, a qual não permitia ao borrego ter
contacto visual com os restantes animais. Uma câmara de vídeo (Sony- Handycam 2006i) foi colocada numa
posição elevada de modo a captar toda a área de teste. O teste foi dividido em 3 situações diferentes (S1, S2 e
S3) de 2 minutos cada. Nas S1 e S3 os borregos estavam sozinhos na S2 entrava um tratador que ficava imóvel.
Foram avaliados os comportamentos de actividade (movimento e saltar) e de vocalização. Os borregos da raça
IDF apresentam maior (P <0,05) actividade que os borregos CTQ. Para os valores de vocalização verifica-se que
há uma tendência (P=0,09) para que os borregos IDF vocalizem mais que os da raça CTQ. A entrada do tratador
na área de teste causou uma redução (P<0,05) do comportamento de movimento. Com este trabalho pode ser
concluído que há diferenças entre raças no comportamento de borregos e que a sua avaliação permitirá uma
melhor compreensão da interacção homem-animal.