Autor(es):
Gaitas, Sérgio Miguel Protásio
; Martins, Margarida Alves
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.12/1600
Origem: Repositório do ISPA - Instituto Universitário
Descrição
A investigação sobre o ensino da linguagem escrita tem descrito o debate e a
controvérsia sobre a melhor forma de iniciar os alunos neste processo complexo. Este debate tem
como principais intervenientes os defensores do método sintético, que defendem a importância do
domínio do código da linguagem escrita – as letras têm sons que se combinam para formar
palavras de forma mecânica e previsível, e os defensores do método global, que postulam a
importância dos alunos perceberem a funcionalidade da linguagem escrita – experiências reais
com verdadeiros suportes de leitura e escrita. Recentemente, ultrapassando esta dicotomia
código/significado, diferentes trabalhos têm demonstrado a eficácia de uma abordagem que
contemple elementos de ambas as perspetivas referidas anteriormente (e.g. Guthrie, Schafer, &
Huang, 2001; Pressley, 2003).
Neste contexto, o objetivo deste estudo foi o de analisar as práticas de ensino da leitura e da escrita
no primeiro ano de escolaridade. Participaram neste estudo 880 professores portugueses a lecionar
no primeiro ano de escolaridade. Para analisar as práticas dos professores foram utilizados dois
instrumentos: um questionário, adaptado e validado a partir do questionário de Fijalkow e
Fijalkow (1994; 2003) e construída uma grelha de observação de práticas de ensino da leitura e da
escrita. Através de uma análise de clusters foram identificados três subgrupos de professores que
se caracterizam genericamente da seguinte forma: um subgrupo com práticas mais centradas no
código; outro com práticas mais centradas no significado; e um grupo misto. Foram ainda
observados três professores de cada subgrupo.