Description
Este estudo pretende compreender os efeitos de dois programas de escrita inventada no
desenvolvimento das escritas inventadas, concretamente até à sua fonetização, e pretende
compreender as correlações entre consciência fonológica e conhecimento das letras e os
procedimentos de fonetização. Os 56 participantes foram divididos em dois grupos experimentais e
um grupo de controlo. Nos pré e pós-testes as escritas das crianças foram avaliadas através de
pseudopalavras que continham as fricativas e as oclusivas trabalhadas durante os programas, tal
como outros fonemas não trabalhados, todos em posição inicial e final. Entre os dois momentos,
G1 trabalhou as correspondências grafo-fonológicas das fricativas e G2 das oclusivas. Os
resultados mostram que os participantes de ambos os grupos experimentais progrediram mais do
que os do grupo de controlo, sem diferenças significativas entre os grupos experimentais. Nestes
grupos, os participantes fonetizaram correctamente os fonemas trabalhados e não trabalhados em
posição inicial e final. Em G1 verificaram-se diferenças significativas, com melhores resultados na
fonetização das fricativas em posição inicial do que em posição final. Os resultados indicaram
também a existência de uma correlação significativa entre o número de letras conhecidas no préteste
e o número de fonetizações no pós-teste. Já para a consciência fonológica, não se encontrou
uma correlação significativa com o número de fonetizações no pós-teste.