Autor(es):
Conceição, Cristina Palma
; Gomes, Maria do Carmo
; Pereira, Inês
; Abrantes, Pedro
; Costa, António Firmino da
Data: 2008
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10071/1200
Origem: Repositório do ISCTE-IUL
Assunto(s): Cultura científica; Ensino experimental das ciências; Aprendizagens informais; Divulgação da sociologia; Sociologia da ciência; Scientific culture; Experimental learning of sciences; Free-choice learning; Dissemination of sociology; Sociology of science
Descrição
Nos últimos anos, tem-se vindo a assistir no país a uma considerável proliferação
de actividades de promoção da cultura científica. Estas são, tipicamente, actividades
de relação da ciência com a sociedade. Porém, têm sido muito mais desenvolvidas
pelas ciências naturais do que pelas ciências sociais. Perante este paradoxo,um
conjunto de investigadores do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia
(CIES-ISCTE) procurou, no quadro do programa Ciência Viva, ensaiar actividades
de divulgação científica da sociologia, baseadas na participação experimentalista
dos públicos em actividades de pesquisa, em contacto directo com os investigadores
e os contextos de investigação. Neste artigo analisam-se essas actividades, os
seus actores e processos, e as suas repercussões, ao longo dos primeiros anos em
que se realizaram. Discutem-se também os fundamentos teóricos deste tipo de promoção
da cultura científica, procurando-se ultrapassar as limitações tanto do chamado
“modelo do défice” como das “críticas standard ao modelo do défice”, a favor
de uma análise da divulgação científica tal como ela se faz. In recent years, this country has seen the extensive proliferation of activities promoting
scientific culture. These are, typically, activities that relate science to society.
However, they have been developed to a much greater extent by the natural
sciences than the social sciences. In the light of this paradox, a group of researchers
at CIES-ISCTE (Centre for Research and Studies in Sociology), has sought, within
the framework of the Ciência Viva/Living Science programme, to test activities involving
the dissemination of sociology. These are based on the participation of the
publics in research activities, in direct contact with researchers and research contexts.
This article analyses these activities, their actors and processes and their repercussions
throughout the first years in which they were implemented. It also discusses
the theoretical bases of this form of promoting scientific culture, attempting
to overcome the limitations of both the so-called “deficit model” and the “standard
criticisms of the deficit model”, in favour of an analysis of the dissemination of science
as it is really carried out. On assiste depuis quelques années à une prolifération considérable des activités de
promotion de la culture scientifique au Portugal. Il s’agit essentiellement d’activités
concernant la relation de la science avec la société. Or, on constate qu’elles sont beaucoup
plus développées par les sciences naturelles que par les sciences sociales. Face à
ce paradoxe, un groupe de chercheurs du Centro de Investigação e Estudos de Sociologia
(CIES-ISCTE) a voulu lancer, dans le cadre du programme CiênciaViva/Science
Vivante, des activités de divulgation scientifique de la sociologie, basées sur la
participation expérimentaliste des publics à des activités de recherche, en contact direct
avec les chercheurs et les contextes de recherche. Cet article analyse ces activités,
leurs acteurs et leurs processus, ainsi que leurs répercussions, au long des deux premières
années de leur mise en oeuvre. Il aborde aussi les fondements théoriques de ce
type de promotion de la culture scientifique, en essayant de dépasser les limites du
“modèle de déficit” comme des “critiques standard du modèle de déficit”, pour procéder
à une analyse de la divulgation scientifique comme elle se fait. Los últimos años se ha visto en el país, una proliferación considerable de actividades
de promoción de la cultura científica. Éstas son, típicamente, actividades que relacionan
la ciencia con la sociedad. Apesar de esto, se han desarrollado más en relación a
ciencias naturales de que a ciencias sociales. Ante esta paradoja, un conjunto de investigadores
del Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-ISCTE) buscó, a
través del programa CiênciaViva, ensayar actividades de divulgación científica de sociología,
basadas en la participación experimental del público en actividades de búsqueda,
en contacto directo con los investigadores y los contextos de investigación. En
este artículo se analiza esas actividades, sus actores, procesos, y sus repercusiones, a lo
largo de los primeros años en que se realizaron. Se discuten también los fundamentos
teóricos de este tipo de promoción de la cultura científica, buscando sobrellevar las limitaciones
tanto del llamado “modelo de déficit” como de las “críticas standard almodelo
de déficit”, a favor de un análisis de la divulgación científica tal como ella es hecha.