Autor(es):
Paixão, Fátima
; Jorge, Fátima
Data: 2014
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.11/2523
Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo Branco
Assunto(s): Formação de professores; Estágio; Contextos não formais; Ciências; Matemática
Descrição
O estágio ocupa um tempo privilegiado na formação dos professores. É nele que se desenvolvem as competências associadas à profissão docente, ou seja, aquelas que lhes serão indispensáveis para potenciarem a formação de cidadãos responsáveis, ativos e implicados na construção de uma sociedade sustentável e democrática. A escola é, com frequência, apontada como um espaço fechado à comunidade e desfasada da realidade social. Contudo, pouco tem sido feito no sentido de evitar essa destoante identidade daquela que se esperaria que fosse uma instituição renovadora e capaz de preparar os jovens para o futuro. Contrariamente ao que nos habituamos a afirmar, os meios urbanos oferecem um património educativo muito rico, fora da escola, do ponto de vista artístico, natural, científico, capaz de proporcionar contextos integradores para as aprendizagens (Paixão, 2006). Naturalmente que, se os estagiários não experienciarem, na prática de ensino, situações de planificação, implementação e avaliação de percursos de ensino e aprendizagem e a construção de recursos didáticos ajustados ao ensino em contextos não formais, fica dificultada a sua ação de futuros professores no sentido da abertura da escola à comunidade e ao meio envolvente. Foi com base nas premissas apresentadas que tomámos como objetivo desenvolver uma estratégia formativa que proporcionasse aos nossos estagiários a oportunidade de se iniciarem no ensino em contextos não formais. Concebemos um projeto de dinamização de um espaço exterior à ESE de Castelo Branco (Horto de Amato Lusitano, em homenagem ao ilustre médico albicastrense renascentista) que permite realizar atividades integradas, que envolvem várias áreas curriculares, e tão diferenciadas como, por exemplo, plantar e semear, preparar mezinhas com plantas da flora de Amato Lusitano ou fazer jogos ao ar livre. Os resultados, ao longo dos últimos três anos têm sido muito positivos (Jorge & Paixão, 2012).