Autor(es):
Álvares, S.
; Paiva, M.
; Ribeiro, C.
; Cruz, V.
; Costa, F.
; Esteves, J.
; Santos, A.
; Gonçalves, L.
; Pacheco, A.
; Miranda, F.
; Feiteiro, H.
; Ramos, J.
; Ricardo, J.
; Martinez, A.
Data: 2004
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.16/547
Origem: Repositório Científico do Centro Hospitalar do Porto
Assunto(s): telemedicina; acessibilidade; prestação de serviços; obstáculos
Descrição
Introdução: A telemedicina é hoje
reconhecida pela OMS como uma ferramenta
para melhorar o acesso e a qualidade
dos cuidados de saúde. Apesar das vantagens aparentes é uma tecnologia recente e está longe de constituir uma prática de rotina na vida clínica diária.
Objectivo: Conhecer a situação actual em Portugal relativamente à telemedicina,
nomeadamente: quais as Unidades de Saúde com instalações de telemedicina e áreas em que se desenvolve esta actividade; número de serviços anuais e evolução; dificuldades e obstáculos dos profissionais e Instituições;
perspectivas futuras Metodologia: A recolha dos dados foi efectuado através de: inquérito enviados às ARS do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve e IGIF; entrevista com algumas instituições relativa aos serviços em funcionamento;
pesquisa bibliográfica e na Internet
Resultados: Dos 6 inquéritos enviados foram recebidos 5, provenientes da ARS Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Alentejo. Foram efectuadas entrevistas: H S. João, CHVila Nova de Gaia, CHVale do Sousa e H Pediátrico de Coimbra. Obtivemos informações relativas aos equipamentos
instalados e serviços actualmente em
funcionamento, em todo o país, destacando-
se o funcionamento nas áreas da cardiologia, imagiologia e dermatologia.
Não havia registo do número de teleconsultas e transmissão de exames excepto no que se refere à ARS Alentejo.
Das dificuldades e obstáculos encontrados
salientamos a falta de adesão dos
profissionais e instituições; custos do
funcionamento do sistema; ausência de
definição funcional dos profissionais
envolvidos (falta de remuneração dos
actos médicos e acumulação de funções); ausência de uma estratégia nacional. Quanto às perspectivas futuras, de um modo geral, os objectivos das ARS incluem: a ligação dos centros de saúde e hospitais, e petrechamento
com um equipamento básico de Telemedicina
em conformidade com as actividades e tipos de consulta a realizar; o desenvolvimento de projectos no âmbito do INTERREG III.
Comentários: O desafio que as organizações tem que enfrentar é a mudança estrutural provocada pela modernização dos processos e métodos de trabalho, «o hospital virtual», e a diluição das barreiras entre os Cuidados
Primários e os Diferenciados. A telemedicina
exige novas formas de gestão e de medição de desempenho das instituições; esta actividade deve ser equiparada às outras normalmente
desenvolvidas nas unidades de saúde. Introduction: Telemedicine is recognized
by the WHO as a tool for improvement
of access and the quality of health
care. However it is not yet a routine
procedure in health services.
Objective: to assess the utilization
of telemedicine in Portugal, namely:
health care services equipped with
telemedicine, and services provided;
annual services and evolution; difficulties
and obstacles from professionals and
institutions; future trends
Methodology: data was obtained
through a questionnaire sent to the five
Regional Administrations of Health and
the Financial Department of Health, interviews
with some of the professionals
practising Telemedicine and research in
the web
Results: We received five questionnaires
from the Regional Administrations
of Health, and collected data
from the following Hospitals: S. João,
Vila Nova de Gaia, Vale do Sousa e
Coimbra Children’s Hospital.
We obtained information of the
institutions practising telemedicine, and
the type of services. Cardiology, radiology
and dermatology were the services more
frequently provided. The number of teleconsultations
or transmitted studies was
not registered, except in Alentejo. The
more common difficulties to implement
this technology were: clinical and providers
acceptance; lack of integration into
the health care mainstream (the costs of
teleconsultations are not reimbursed);
equipment and operational costs; absence
of a national strategy. Future trends
include the equipment of telemedicine
stations in Primary and Hospital care and
the development of projects in cooperation
with Spain (INTERREG III).
Comments: Organizations face the
challenge of a structural change due to
the new technologies (telemedicine and
health informatics) and the disappearance
of barriers between primary and
hospital care. Institutional, organizational
and national policies must face new
realities to introduce telemedicine into
the mainstream of health, including
assessment of health outcomes.