Autor(es):
Limbert, Edward 
; Prazeres, Susana ; São Pedro, Márcia ; Madureira, Deolinda ; Miranda, Ana ; Ribeiro, Manuel ; Carrilho, Francisco ; Jácome de Castro, J ; Lopes, Maria Santana ; Cardoso, João ; Carvalho, Andre ; Oliveira, Maria João ; Reguengo, Henrique ; Borges, Fátima ; Grupo de Estudos da Tiroide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metaboli, c
Data: 2012
Origem: Acta Médica Portuguesa
Descrição
Objective: The aim of the present study was to evaluate iodine intake in portuguese school children in order to inform health authorities of eventual measures to be implemented. Introduction: Iodine is the key element for thyroid hormone synthesis and its deficiency even mild, as found in other European countries, may have deleterious effects in pregnancy resulting in cognitive problems of offsprings. In Portugal there are no recent data on iodine intake in schoolchildren. Population and methods: 3680 children aged 6-12 years of both sexes, from 78 different schools were studied. Iodine intake was evaluated trough urine iodine (UI) determinations using a colorimetic method. Results: The global median UI value was 105.5µg/L; the percentage of children with UI <100µg/L was 47.1%, corresponding to 41% of the studied schools. The percentage of values <50µg/L was 11.8%. The male gender, the south region of the country and the distribution of milk in school were significantly linked with a higher iodine elimination. Discussion: Our global results point to a borderline/ mildly insufficient iodine intake in the portuguese school population. However 47% of the children had UI under 100 µg /L. The comparison of our results with the available data from 30 years ago, point to a considerable improvement, due to silent prophylaxis. Male gender, geographical area and milk distribution influenced positively iodine intake.The importance of milk has been refered in numerous papers. Conclusions: The study of UI in the Portuguese school population points to a borderline iodine intake. However, in 47% of children iodine intake was inadequate. Compared with data from the eighties, a considerable increase in iodine elimination was found. Taking into account the potencial deleterious effects of inadequate iodine intake, a global prophylaxis with salt iodization has to be considered. Objectivo: Com o presente trabalho, pretendeu-se avaliar o aporte do iodo na população escolar portuguesa, a fim de transmitir às entidades responsáveis eventuais medidas a tomar. Introdução: O iodo é o elemento chave para a síntese das hormonas tiroideias e a sua carência, ainda que moderada, pode ter efeitos nefastos durante a gravidez, resultando em alterações cognitivas nas crianças. Em Portugal não há dados recentes sobre o aporte do iodo nas crianças em idade escolar. População e Métodos: Foram estudadas 3680 crianças provenientes de 78 escolas do Continente, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos. O aporte do iodo foi avaliado mediante a determinação das iodúrias levada a cabo por método colorimétrico. Resultados: A mediana global das iodúrias foi de 105.5µg/L. 47,1% dos alunos apresentavam iodos urinários <100µg/L, correspondendo a 41% das 78 escolas estudas. 11,8% dos alunos tinha valores das iodúrias <50µg/L. Encontraram-se iodúrias significativamente superiores no sexo masculino, e na região sul do País. A toma de leite escolar contribuiu significativamente para um maior aporte do iodo. Discussão: Os dados globais apontam para um aporte de iodo limiar na globalidade (mediana de 105.5µg/L). No entanto, 47% das crianças estudadas tinham valores ligeira a moderadamente insuficientes. Os estudos comparativos com os dados dos anos 80 apontam para franca melhoria do aporte do iodo que se considera ser devido à profilaxia silenciosa. O sexo masculino, a região administrativa e a toma de leite escolar,de acordo com outros autores,foram factores que inluenciaram significativamente o aporte do iodo Conclusões: O estudo do aporte do iodo na população escolar portuguesa aponta para valores limiares. No entanto, em 41% das escolas estes níveis não foram satisfatórios. Nas regiões em que foi possível a comparação com os dados dos anos 80, verificou-se uma franca melhoria embora persistam áreas de carência. Tendo em conta os efeitos nefastos da carência iodada, a implementação da sua profilaxia mediante a iodização do sal, conforme preconizado pela OMS deve ser tomada em consideração.
