Autor(es):
Gaspar, Maria J.
; Rodrigues, Ana P.
; Faria, Carla
; Silva, F. Costa e
; Merouani, H.
; Silva, J. Costa e
; Correia, António H.
; Rodrigues, J.C.
; Graça, J.
; Sampaio, Teresa
; Pereira, João Santos
; Sousa, D.
; Fernandes, C.
; Saraiva, Ângelo
; Nunes, Luís
; Monteiro, Maria do Loreto
; Patrício, Maria do Sameiro
; Mendonça, D.
; Marques, M.E.
; Pereira, P.
; Pereira, P. Sá
; Simões, F.
; Matos, José
; Almeida, Maria Helena
Data: 2013
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10198/9634
Origem: Biblioteca Digital do IPB
Assunto(s): Quercus suber; Melhoramento material reprodutivo
Descrição
O sobreiro (Quercus suber) é uma espécie singular devido à sua importância no funcionamento do ecossistema mediterrânico e na produção de cortiça. No entanto, apesar da sua importância ecológica e sócio-económica, pouco se compreende ainda dos seus processos de adaptabilidade às diferentes condições ambientais. Em algumas áreas do mediterrâneo ocidental, as florestas de sobreiro encontram-se em declínio e a manutenção destes ecossistemas requer a compreensão do seu funcionamento (e.g. regeneração, crescimento e interações entre hospedeiro e pragas/doenças). Para além de uma crescente redução da área de floresta, o sobreiro apresenta geralmente uma reduzida regeneração natural. Nos últimos anos, largas áreas de sobreiro foram reflorestadas no entanto, a regeneração artificial, quer por sementeira quer por plantação, obteve resultados variáveis com baixas taxas de sobrevivência. Apesar da necessidade de melhorar o manuseamento das sementes e das técnicas de produção e plantação ser geralmente reconhecida pelos proprietários florestais, a utilização de material genético adequado é quase sempre ignorada. De forma a dar resposta a alguns destes problemas está em curso o projeto PTDC/AGR-AAM/104364/2008: Melhoramento do sobreiro para uma regeneração artificial sustentável, que tem como principal objetivo melhorar a qualidade genética e fisiológica do material reprodutivo de sobreiro usado nas arborizações, focando-se em três aspetos essenciais: adaptabilidade da espécie, armazenamento da semente a longo prazo e produção de semente. Este é um trabalho multidisciplinar onde se integram os resultados de várias perspetivas – ecofisiológica, genética quantitativa e biologia molecular – de forma a compreender as suas interações e avaliar a plasticidade fenotípica, particularmente em condições de secura, contribuindo para ajustar os limites das regiões de proveniência e definir zonas de transferência de sementes.