Descrição
Em Trás-os-Montes, no início do Outono, são produzidas azeitonas descaroçadas em
pedaços, conhecidas como “alcaparras”, muito apreciadas e consumidas na região principalmente nos
períodos de Outono-Inverno. Com a realização do presente trabalho, pretendeu-se por um lado
proceder à caracterização da fracção fenólica deste tipo de azeitona de mesa por HPLC/DAD, e por
outro proceder à avaliação in vitro de extractos aquosos de “alcaparra” contra diferentes
microrganismos patogéneos agentes de infecções intestinais e respiratórias, nomeadamente bactérias
Gram-positivas (Bacillus cereus, B. subtilis e Staphylococcus aureus), Gram- negativas (Pseudomonas
aeruginosa, Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae) e fungos (Candida albicans e Cryptococcus
neoformans). Foram identificados e quantidados três compostos flavonóides: luteolina 7-O-glucosido,
apigenina 7-O-glucosido e luteolina. Verificou-se, a baixas concentrações de extracto de “alcaparra”
(0,05 mg/mL), uma inibição significativa do crescimento das bactérias, com excepção de P.
aeruginosa. Os extractos estudaram mostraram, nas concentrações testadas, não possuir actividade
antifungica.