Autor(es):
Castro, Rogério
; Gomes, Casimiro
; Rodrigues, Carlos
; Castro, Joana
; Alberto, Sandra
; Ribeiro, Fernando
; Rodrigues, Ana
; Baptista, Manuel A.
; Botelho, Manuel
; Cruz, Amândio
Data: 2007
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.5/5095
Origem: Repositório da UTL
Assunto(s): Vinhos verdes; Dão; Bairrada; Touriga Nacional; LYS; densidade de sarmentos; desfolha; monda
Descrição
Antevendo mudanças climáticas, o ano de 2005 por ora anormalmente quente e seco poderá ser revelador do
comportamento de algumas castas em diferentes condições climáticas. Em três ensaios a decorrer em empresas
privadas (Dão Sul, Caves Messias e Quinta de Lourosa), estudou-se o comportamento da Touriga Nacional
com diferentes itinerários tecnológicos.
No Dão avaliou-se a influência da densidade de sarmentos (23, 17 e 11 por metro linear de sebe) e monda
qualitativa ao pintor. Na Bairrada, comparou-se o modo de condução tradicional com o sistema Lys. Em ambos
os sistemas de condução se avaliou a influência da monda qualitativa de cachos ao pintor. Na região dos
Vinhos Verdes, no sistema LYS 2/3, avaliou-se o efeito da densidade de sarmentos (29 e 20 por metro linear de
sebe), e da desfolha associada a ligeira monda qualitativa ao pintor.
Nestas três regiões, duas das quais não tradicionais desta casta, a Touriga Nacional revelou níveis elevados de
rendimento e qualidade em itinerários tecnológicos adequados. A monda reduziu o rendimento em todos os
casos como seria de esperar, com ganhos de TAP apenas na Bairrada. De um modo geral, o efeito dos
diferentes níveis de intervenção em verde (desfolha e supressão de lançamentos) não foi relevante. No Dão, a
maior densidade de sarmentos originou maior rendimento sem quebras de qualidade.
Em termos globais, a casta Touriga Nacional demonstrou elevado potencial de rendimento e maturação em
todas as regiões. Apenas em situações de elevado stress hídrico, como verificado na Bairrada em 2005, a
redução da produção levou a ganhos significativos de qualidade.