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Perfil dos utilizadores das urgências : um estudo no Centro Hospitalar Cova da ...

Author(s): Silva, Ana Catarina Marques da cv logo 1

Date: 2012

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.6/1063

Origin: Ubi Thesis - Conhecimento Online

Subject(s): Hospital - Serviço de urgências - Perfil do utilizador; Hospital - Serviço de urgências - Triagem; Hospital - Serviço de urgências - Hiperutilizadores


Description
Introdução: O Serviço de Urgências vem sendo cada vez mais utilizado, e, muitas vezes, como principal fonte de acesso ao Sistema de Saúde. O recurso a este serviço de forma inapropriada é um problema comum, que se traduz pela sobrelotação do mesmo, com consequente diminuição na qualidade dos serviços prestados e aumento dos gastos em saúde. São considerados utilizadores inapropriados os que recorrem ao serviço de urgências 4 ou mais vezes num ano, os hiperutilizadores, e os pacientes que o fazem por queixas que poderiam ser seguidas pelo profissional de cuidados de saúde primários. O objectivo deste estudo é identificar o padrão de utilização dos utentes do Serviço de Urgência Geral do Centro Hospitalar Cova da Beira, particularmente dos hiperutilizadores e dos pacientes com queixas não urgentes, conhecer as suas características sociodemográficas com o intuito de estabelecer o perfil do utilizador desta instituição. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo que incide sobre os utentes que se dirigiram ao Serviço de Urgência Geral do Centro Hospitalar Cova da Beira durante os anos de 2009 e 2010. Foram analisadas variáveis demográficas (sexo e idade), o local de residência, a data de admissão (mês, dia da semana e hora), classificação do Sistema de Triagem de Manchester (fluxograma e discriminador), o destino de alta e a medicação. Resultados: Os hiperutilizadores corresponderam a cerca de 10% dos utentes, sendo responsáveis por aproximadamente 31% das visitas, durante o período em que decorreu o estudo. Por outro lado, 56,9% e 54,7% dos utentes recorreram ao serviço de urgências, pelo menos uma vez, por queixas não urgentes, em 2009 e 2010, respectivamente. Os hiperutilizadores pertenciam, mais frequentemente, ao sexo feminino (58,1% em 2009 e 57,2% em 2010), idade superior a 65 anos (46,5% em 2009 e 46,7% em 2010) e residiam, predominantemente, na Covilhã (40,4% em 2009 e 38,5% em 2010), tendo-se dirigido ao SU maioritariamente por queixas urgentes (61,6% em 2009 e 64,1% em 2010). Por sua vez, os pacientes não urgentes pertenciam, mais frequentemente ao sexo feminino (56,3% em 2009 e 55,8% em 2010), tinham entre os 35 e os 64 anos (41,1% em 2009 e 41,8% em 2010) e, novamente, o local de residência mais observado foi a Covilhã com cerca de 32%. O padrão de utilização do serviço de urgência foi semelhante nos hiperutilizadores e nos pacientes não urgentes, sendo a “Segunda” e o horário diurno (das 06:00 às 18:00) os que tiveram maior afluência. Verificou-se ainda, que a maioria dos pacientes não foi encaminhada após o episódio da urgência, incluindo os hiperutilizadores e os utentes não urgentes. Conclusão: Conclui-se que as mulheres e pacientes residentes na Covilhã têm maior probabilidade de serem consideradas inapropriados. Os indivíduos mais idosos têm um risco acrescido de serem considerados hiperfrequentadores, já o grupo dos pacientes não urgentes encontra-se mais entre os 35 e os 64 anos. É aconselhável orientar os pacientes sobre as situações que devem ser seguidas pelos cuidados de saúde primários ou pelo serviço de urgência, assim como, garantir o seguimento do paciente após o episódio, uma vez que, estas medidas se mostraram eficazes na redução da utilização inapropriada. Inferiu-se, também, que os hiperutilizadores, de um modo geral, não devem ser considerados inapropriados, uma vez que se dirigem ao serviço de urgência por motivos urgentes, na maioria dos episódios.
Document Type Master Thesis
Language Portuguese
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