Author(s):
Matias, G.
; Faria, Paulina
; Torres, I.
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/9496
Origin: Repositório Institucional da UNL
Subject(s): Resíduos cerâmicos; Argamassas de substituição; Sustentabilidade
Description
PATORREB 2012 – 4º Encontro sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios, Santiago de Compostela,12-14 Abril 2012 Um dos erros mais frequentes nos dias que correm é a aplicação de argamassas de
substituição ou reparação na reabilitação de edifícios antigos que não são compatíveis
com os materiais pré-existentes. Para além do resultado inestético, esta má aplicação tem como consequência a ocorrência de patologias relativamente graves devido ao mau
funcionamento do sistema construtivo. No passado, recorria-se, frequentemente, a
argamassas de cal aérea, nas quais eram introduzidos materiais que permitiam melhorar
as características das mesmas, conferindo-lhes características de argamassas hidráulicas.
Um dos materiais mais recorrentes era o pó de cerâmica, cujos primeiros registos de
utilização remontam à época do Império Romano. É possível encontrar, em Portugal,
vestígios desta utilização, em locais como Conímbriga e Tróia. Por outro lado, tendo em
conta a problemática dos resíduos industriais e o desenvolvimento sustentável, é importante criar soluções que reduzam o depósito, em aterro, dos desperdícios
provenientes da indústria, nomeadamente da indústria cerâmica, que ronda os 30 % do
total de material produzido.
Neste sentido, foram recolhidos, em diversas indústrias, elementos cerâmicos
provenientes das linhas de produção, com características não conformes com os requisitos de qualidade e que são, habitualmente, depositados em aterros.
Os elementos foram triturados. O pó resultante da moagem foi caracterizado e
incorporado em argamassas de cal aérea, bem como o restante material, em granulometria próxima à da areia utilizada. Foi efetuada a caracterização mecânica e física das argamassas elaboradas, cuja evolução, ao longo do tempo, se apresenta neste trabalho.