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Literacias e competências nos níveis 6, 7 e 8 do QEQ: docência universitária pa...

Autor(es): Coelho, Carlos Meireles cv logo 1 ; Neves, Maria de Fátima cv logo 2

Data: 2012

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10773/9946

Origem: RIA - Repositório Institucional da Universidade de Aveiro

Assunto(s): Literacias; Competências; Aprendizagem inclusiva; Docência universitária; Processo de Bolonha


Descrição
O Processo de Bolonha procura associar educação e formação, integrando diretamente no ensino superior a componente de empregabilidade e de preparação para a inclusão na vida ativa. E num mundo em constante e acelerado processo de mudança, a releitura desse mundo e a resolução de novos e mais complexos problemas reforça a necessidade de uma (re)aprendizagem permanente que o ensino superior é chamado a dinamizar e liderar. Assim, agora a função da universidade é continuar a transmitir conhecimentos ou produzir conhecimento de ponta e desenvolver competências especializadas para resolver problemas complexos e imprevisíveis? Que distância existe (ainda) entre formação profissional e ensino universitário? Pretende-se fazer uma reflexão crítica sobre as perspectivas trazidas pelo Processo de Bolonha(1999) e pelo Quadro Europeu de Qualificações (2008), enquadrados na Estratégia de Lisboa(2000) e Estratégia Europa 2020 (2010), bem como sobre o papel do docente universitário perante estes desafios. A Estratégia de Lisboa e a Estratégia Europa 2020 pretende(ra)m aumentar na Europa a empregabilidade, competitividade e coesão social, o desenvolvimento inteligente, sustentável e inclusivo. O Processo de Bolonha lançou as universidades europeias na vanguarda da construção destes desafios nas pessoas e o QEQ hierarquizou as competências a desenvolver em oito níveis de qualificação, permitindo orientar melhor as aprendizagens para as necessidades do mercado de trabalho e o empreendedorismo necessário. Neste contexto, as universidades são chamadas a contribuir para a construção de uma Europa de cidadãos esclarecidos, interventivos, empreendedores, que dominem as competências de informação e literacia para saberem ler a realidade em que estão inseridos, que se integrem em processos de aprendizagem inclusiva de modo a que a mais-valia trazida pela qualificação contribua para a plena realização de cada pessoa e para uma maior coesão social. O papel do docente universitário, como transmissor de conhecimentos avançados, tem vindo a dar lugar ao perfil baseado no ensino e na investigação tendo lugar relevante a produção de conhecimento e a orientação de investigação para: − produzir conhecimento aprofundado com compreensão crítica de teorias e princípios, desenvolver competências para resolver problemas complexos e imprevisíveis e assumir responsabilidades na tomada de decisões e no desenvolvimento profissional individual e coletivo numa determinada área especializada de estudo ou de trabalho (nível 6 do QEQ); − produzir conhecimentos altamente especializados e interligados entre várias áreas que sustentam a capacidade de reflexão crítica original, desenvolver competências especializadas para resolver problemas complexos e imprevisíveis que exigem estratégias novas para a investigação e/ou inovação em equipas (nível 7 do QEQ); − produzir conhecimentos de ponta na interligação entre áreas, demonstrar as competências mais avançadas e especializadas ao nível da inovação, autoridade, autonomia e integridade científica ou profissional para resolver problemas críticos e dirigir investigação na vanguarda de uma área de estudo ou de trabalho (nível 8 do QEQ). A aplicação dos níveis de qualificação à formação universitária está pouco estudada, revelando-se um promissor campo de investigação.
Tipo de Documento Documento de conferência
Idioma Português
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