Author(s):
Simões, Joana Sá Ramalho
Date: 2007
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10773/2980
Origin: RIA - Repositório Institucional da Universidade de Aveiro
Subject(s): Química dos alimentos; Café; Polissacarídeos
Description
Neste estudo foram obtidas mananas provenientes do resíduo de café por
extracção sequencial com água quente, um agente quelante e soluções
alcalinas de NaOH e derivatização por acetilação de modo a torná-las solúveis
em soluções aquosas.
As fracções de mananas acetiladas obtidas foram analisadas quanto à
quantidade e tipo de açúcares e ao seu grau de acetilação e foram também
caracterizadas estruturalmente por Espectrometria de Massa Tandem
(MS/MS) de iões formados em ESI (ionização por electrospray).
A acetilação das mananas do resíduo de café ocorreu preferencialmente nas
cadeias laterais constituídas por resíduos de galactose e de arabinose, apesar
de também serem encontrados resíduos de manose acetilados.
As mananas acetiladas do resíduo de café e as mananas isoladas e
purificadas a partir de infusões preparadas do grão de café sujeito a dois
diferentes graus de torra, suave e forte, foram utilizadas para testar o seu
efeito imunomodulador. Como padrão de comparação usou-se as acemananas
bioactivas de Aloe vera. As mananas do resíduo e das infusões de café
apresentaram estimulação de linfócitos B e de linfócitos T de ratinhos,
avaliados pela sua expressão in vitro de marcadores de activação de
superfície. Este efeito foi mais marcado nos linfócitos B que nos T, não tendo,
contudo, havido um efeito proliferativo. As mananas testadas não
apresentaram indução da activação de macrófagos nem indução de efeito
imuno-supressivo in vitro.
Os ensaios in vivo realizados, ainda preliminares dado o reduzido número de
réplicas, estão de acordo com as observações feitas in vitro, nomeadamente, a
activação de linfócitos B e T sem proliferação de células.
Apesar do padrão de acetilação das mananas do resíduo de café ser diferente
do das infusões de café e do Aloe vera, os resultados obtidos mostram que
estas mananas têm propriedades imunomoduladoras comparáveis entre si.
ABSTRACT: In this study, mannans were obtained from coffee residue by sequential
extraction with hot water and alkali solutions and were acetylated to allow their
solubilization in water solutions.
The fractions of acetylated mannans obtained were analysed in order to identify
and quantify their composition in sugars and the degree of acetylation. They
were also structurally characterized by Tandem Mass Spectrometry (MS/MS) of
ions formed by ESI (ionization by electrospray).
The chemical acetylation of the mannans of coffee residue occurred
preferentially in the galactose and arabinose side chain residues, although
mannose residues were also found,
The acetylated mannans from coffee residue and from coffee infusions of
coffee beans submitted to two different degrees of roast, light and dark, were
used to study their potential immunomodulatory activity. Aloe vera bioactive
acemannan was used for comparison.
The mannans from coffee infusions and coffee residue were shown to stimulate
murine B and T lymphocytes, as evaluated by in vitro expression of surface
lymphocyte activation markers. This effect was more marked on B than on T
lymphocytes, without a noticed proliferative effect. The mannans did not induce
in vitro macrophage activation neither immunosuppressive effect. In vivo
assays, although preliminary due to the reduced number of replicates, are in
accordance to in vitro observations, showing activation of B and T lymphocytes
without cell proliferation.
Although the acetylation pattern of coffee residue mannans was different from
the one presented by coffee infusions and Aloe vera, the results obtained
suggest that those mannans have comparable immunomodulatory properties. Mestrado em Química e Qualidade dos Alimentos
Document Type
Master Thesis
Language
Portuguese
Advisor(s)
Coimbra, Manuel António; Domingues, Maria do Rosário