Author(s):
Almeida, Laurinda Miranda de
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10773/1076
Origin: RIA - Repositório Institucional da Universidade de Aveiro
Subject(s): Ciências da educação; Educação das crianças; Educadores de infância
Description
Uma das implicações mais visíveis das políticas de expansão da rede de
Educação Pré-escolar implementadas em Portugal, a partir de 1997, foi a
distinção entre a componente educativa e a componente sócio-educativa.
Neste trabalho, propusemo-nos analisar os recursos com que as auxiliares
educativas constroem o seu papel profissional cujo perfil de desempenho e
necessidades de formação não têm merecido especial atenção nos estudos
sobre a educação das crianças pequenas.
Pretendemos saber em que medida a lacuna de formação profissional, deste
grupo de agentes educativos, é superada pela apropriação do modelo de
acção pedagógica das Educadoras de Infância ou pela mobilização da
própria experiência pessoal e social no exercício da autonomia de
pensamento e de acção que lhes é requerida na interacção com as crianças,
em momentos de transição e no atendimento aos pais.
Ouvir um pequeno grupo de auxiliares e de educadoras de infância, de
jardins-de-infância da rede pública e da rede privada, situados na mesma
zona geográfica e social, permitiu constatar a influência do contexto
institucional e das condições de trabalho na configuração deste papel e na
forma como cada sub-grupo o definia. Este ponto de chegada parece pôr em
evidência a necessidade de uma formação em contexto que respeite a
particularidade da trajectória dos próprios serviços prestados às crianças,
numa e noutra rede de educação pré-escolar.
Pensamos que esta será a melhor forma de garantir que as actuais
condições materiais e organizativas e as disposições das auxiliares
educativas possam vir a convergir no sentido de assegurar uma infância e
uma educação de qualidade para todas as crianças, cujo interesse superior
deve ser respeitado pela sua condição de sujeito com direitos próprios.
ABSTRACT: One of the clearest implications of policies to expand the network of pre-school
was implemented in Portugal, since 1997, and it was the distinction between
the educational and social educational components. In this work we aimed to
examine the resources, in which, the educational staff build their professional
role, whose performance profile and training needs has not received special
attention in studies on children’s education.
We want to know how far the gap in training, of this group of educational
agents, is overcome by the by the ownership of the pedagogical action model,
by the kindergarten teacher, or the mobilization of their own personal and
social experience exercise on the autonomy of thought and action, which is
required for interaction with children in times of transition and in meeting the
parents.
Listening to a small group of aides and educators of children, garden-schools,
both public and private network, located in the same geographical and social
area, have revealed the influence of the institutional and working conditions
and how each subgroup defined it. This point of arrival seems to highlight the
need of an education in a context that respects the particularity of the path of
cares given to children, in every network of pre-school education.
We think this is the best way to ensure that the existing organizational and
material conditions and the disposal of educational assistants may converge to
ensure a good childhood and education for all children, whose interests must
be respected for his as a subject in their own right. Mestrado em Ciências da Educação - Formação Pessoal e Social