Author(s):
Lourenço, Abílio Afonso
Date: 2008
Persistent ID: http://hdl.handle.net/1822/7631
Origin: RepositóriUM - Universidade do Minho
Subject(s): Aprendizagem; Auto-regulação; Auto-eficácia; Instrumentalidade; Rendimento escolar; Learning; Self-regulation; Self-efficacy; Instrumentality; School achievement
Description
Tese de doutoramento em Educação - Área de Psicologia da Educação. Esta dissertação teve como racional teórico a teoria sociocognitiva de
Bandura (1986, 1997). O 1.º objectivo foi orientado para a análise da dimensionalidade
dos seguintes instrumentos: IPAAr (Inventário de Processos de Auto-regulação da
Aprendizagem revisto) suportado em trabalhos de Zimmerman (2000a) e de Rosário
(2004a), do QAEARA (Questionário da Auto-Eficácia da Auto-Regulação da
Aprendizagem), com base na Multidimensional Scale Perceived Self-Efficacy (Bandura,
1990) e em outros estudos (Bandura, 1997; Bandura & Schunk, 1991; Bouffard-
Bouchard, 1990; Collins, 1982; Pajares, 1996a, b; Pajares & Miller, 1994) e o QIARA
(Questionário de Instrumentalidade da Auto-Regulação da Aprendizagem), com base
em estudos de Deci e Ryan (1985); Rigby, Deci, Patrick e Ryan (1991); Simons;
Dewitte e Lens (2000; 2001a, b, 2003, 2004); e Husman, Crowson e Derryberry (2000).
Tanto o QAEARA como o QIARA foram construídos de raíz. O 2.º objectivo foi orientado
para a comprovação da viabilidade dos modelos de equações estruturais para duas
amostras distintas, onde foram hipotetizadas e especificadas determinadas relações
causais. Foi questionada em que medida as notas (Língua Portuguesa e Matemática)
podem ser explicadas pelas variáveis latentes auto-regulação da aprendizagem, autoeficácia
para a auto-regulação da aprendizagem e instrumentalidade da auto-regulação
da aprendizagem, bem como algumas variáveis exógenas (número de reprovações, ano
de escolaridade e tempo de estudo) podem, também, exercer influência nas crenças da
auto-eficácia para auto-regular a aprendizagem dos alunos e a sua instrumentalidade
para a auto-regulação. A revisão de literatura incidiu nos referenciais teóricos
subjacentes aos objectivos enunciados. Para a validação do IPAAr, do QAEARA e do
QIARA, bem como para a elaboração do modelo de equações estruturais, foi
seleccionada uma amostra correspondente a 500 alunos, dos 7.º, 8.º e 9.º anos de
escolaridade, do 3.º ciclo do Ensino Básico. Para confirmar as validações e o modelo de
equações estruturais foi seleccionada outra amostra distinta de 750 alunos. O tratamento
estatístico dos dados obtidos no estudo foi realizado através do programa SPSS (versão
15) e AMOS 7. Os resultados obtidos sugerem a adequabilidade e a validade dos
instrumentos construídos para avaliar os construtos respectivos. Relativamente aos
processos da auto-regulação da aprendizagem foram identificadas três fases distintas:
Planificação, Execução e Avaliação. Constatou-se, também, que em ambas as amostras,
a auto-regulação da aprendizagem e a auto-eficácia para a auto-regulação influenciam
as notas dos alunos. Por outro lado, a auto-eficácia para a auto-regulação influencia as
percepções da instrumentalidade e esta exerce influência na auto-regulação da
aprendizagem. Estes dados sugerem a importância de os professores discutirem com os
alunos, nas tarefas previstas no currículo, a aplicação das estratégias de auto-regulação a
situações concretas de aprendizagem, treinando a sua transferência para outros
contextos e tarefas escolares. Este processo incrementaria as competências de autoregulação
dos alunos, a instrumentalidade da utilização de estratégias de aprendizagem
a sua auto-eficácia e, como consequência, promoveria o sucesso escolar e a centração
dos alunos em aprendizagens mais qualitativas. Under Bandura’s social-cognitive perspective (1986, 1997), the first goal
was analyzing the dimensional validity of the following instruments: ISRLP(r)
(Inventory of Self-Regulated Learning Processes revised) supported by studies of
Zimmerman (2000a) and Rosário (2004a), QSEsrl (Questionnaire of Self-Efficacy of
Self-Regulated Learning), based on the Multidimensional Scale of Perceived Self-
Efficacy (Bandura, 1990) and QIsrl (Questionnaire of Instrumentality of Self-Regulated
Learning), by using studies from Deci and Ryan (1985) and Rigby, Deci, Patrick and
Ryan (1991). The second goal was oriented to test the adequacy of the structural
equation models of two different samples, on which some specific and hypothetical
causal relations have been posed. It has been questioned to what extent grades in
Portuguese (mother language) and Maths can be explained by the latent variables selfregulated
learning, self-efficacy to self-regulate learning and instrumentality to selfregulate
learning, as well as some exogenous variables (under-achievement measured as
the number of school years failed, school grade level, and study time) can impact on
students’ self-efficacy beliefs to self-regulate their learning and on their instrumentality
to self-regulate. Literature review focused on the underlying theoretical objectives
already mentioned. In order to validate the instruments and to elaborate the designed
structural equation model a sample of 500 seventh, eighth and ninth graders (Middle
School) has been selected. Another different sample of 750 students has been taken to
test the structural model and the instruments adequacy. Data support the feasibility and
validity of the instruments designed to assess the constructs. With regard to the selfregulated
learning processes three distinct phases have been identified: Planning,
Execution and Evaluation. It has been stated that, in both samples, self-regulated
learning and self-efficacy impact on students’ school subjects grades. On the other hand,
self-efficacy to self-regulate impacts on the perceptions of instrumentality and these
same perceptions, on their turn, influence self-regulated learning. These findings show
how important may be to teachers to discuss with their students, during the performance
of assigned tasks in the curriculum, the application of adequate self-regulated strategies
to particular learning situations, training as well their transference to other contexts and
different school tasks. This process would certainly increase students’ self-regulated
learning competence, their instrumentality in the use of learning strategies, their selfefficacy,
and consequently would improve their academic achievement and their
focusing on meaningful and effective learning.