Author(s):
Silva, Ana Maria Costa e
Date: 2011
Persistent ID: http://hdl.handle.net/1822/15409
Origin: RepositóriUM - Universidade do Minho
Subject(s): Mediação; Educação
Description
Este texto centrar-se-á numa reflexão em torno da apropriação e mobilização linguística
e praxeológica da palavra mediação, nomeadamente em contextos educativos. Apesar
das práticas mais formais ou formalizadas de mediação serem ainda recentes entre nós
têm cerca de duas décadas elas têm-se evidenciado em contextos diversos dos mais
especificamente escolares ou educativas em sentido mais abrangente, ainda que, como
temos salientado, qualquer prática de mediação é uma prática fundamentalmente
educativa e social. A mediação é uma actividade educativa, pois o objectivo essencial é
proporcionar uma sequência de aprendizagem alternativa (nomeadamente entre pessoas
em conflito, explícito ou implícito) superando o estrito comportamento reactivo ou
impulsivo, contribuindo para que os participantes no processo de mediação adoptem
uma postura reflexiva. É também uma actividade social, pois promove a
compreensividade entre os diferentes participantes no processo de mediação, defende a
pluralidade, as diferentes versões sobre a realidade e fomenta a livre tomada de
decisões e compromissos, contribuindo para a participação democrática e para a coesão
social. Nesta intervenção intentaremos discernir sobre esta diversidade conceptual e
praxeológica associada à mediação, as suas potencialidades e condicionamentos e,
sobretudo, reflectir sobre os desafios educacionais e opções curriculares na escola que a
mobilização de dispositivos de mediação nos contextos escolares/educacionais colocam,
não deixando de, nesta reflexão, (r)elevar o papel dos actores participantes neste
processo de educação para a autonomi(a)zação, cidadania e responsabilidade criativa e
construtora de relações e interacções potenciadores de desenvolvimento pessoal e
social.