Author(s):
Barros, António M.
; Almeida, Leandro S.
Date: 1991
Persistent ID: http://hdl.handle.net/1822/13249
Origin: RepositóriUM - Universidade do Minho
Description
Os primeiros trabalhos em Psicologia Escolar orientados para a explicação das dificuldades de aprendizagem ou dos níveis de desempenho tomaram quase exclusivamente as variáveis intelectuais. Se ainda hoje tais variáveis são justamente consideradas, certo é que duas novas orientações são agora tomadas. Em primeiro lugar, é possível considerar não somente a inteligência como variável independente dos níveis de realização escolar, mas também as experiências de aprendizagem ou as experiências educativas enquanto variáveis independentes da inteligência e dos níveis de desempenho intelectual (Almeida, 1988). Em segundo lugar, a investigação sobre a relação entre características intelectuais e desempenhos individuais valoriza actualmente um conjunto de variáveis pessoais como moderadoras de tal relação. Pode-se a este propósito mencionar os estudos que tomam um conjunto de variáveis do aluno como as expectativas de locus de controlo, de desânimo aprendido, de auto-eficácia e as atribuições causais, que podem ser agrupadas sob a expressão geral de “variáveis sociocognitivas”.
Neste texto procuraremos fazer uma síntese dos trabalhos teóricos e empíricos a propósito da relação entre a realização escolar e quatro tipos de variáveis sociocognitivas: (i) Locus de Controlo de Rotter (1966) (também designado como expectativa de controlo de reforços); (ii) Desânimo Aprendido de Seligman (1975); (iii) Expextativas de Auto-eficácia de Brandura (1977); e, (iv) Atribuições Causais de Weigner (1979). Após uma descrição destes conceitos e apresentação de algumas ideias mais frequentemente aceites sobre o respectivo impacto na aprendizagem e rendimento escolar, procuraremos salientar algumas ilações para a prática educativa tendo em vista a optimização quer da aprendizagem quer do desempenho escolar.