Author(s):
Seabra, Filipa
; Pacheco, José Augusto
Date: 2008
Persistent ID: http://hdl.handle.net/1822/10411
Origin: RepositóriUM - Universidade do Minho
Subject(s): Psicanálise; Mediação; Emacipação; Psychanalyse; Médiation; Émancipation
Description
Vive-se nas escolas dos ensinos Básico e Secundário, tal como no Ensino Superior, um momento de «engenharia social», ou seja, nas ideias de William Pinar (2007), a ênfase em modelos económicos e em resultados esperados, não em função dos alunos, mas de acordo com a economia baseada no conhecimento. Este, aliás, é um dos conceitos-chave da União Europeia e das suas orientações educacionais.Perante tais cenários, os apelo - realizados por Dewey, no início do século XX, através de um projecto progressista da educação, e por Freire, na década de 1970, com a proposta de uma pedagogia emancipatória - a uma educação humanista necessitam de ser revisitados. É o que pretendemos fazer, nesta comunicação, em que, partindo de um conceito de mediação como uma relação qualitativa entre professor e alunos, pois "educar é sempre uma forma de mediar - de mediar entre o conhecimento instituído e o saber experiencial, de mediar entre a escola e a sociedade, entre a sociedade e os alunos, entre a escola e os alunos, entre..." (Caetano, 2005:42), exploramos os contributos da psicanálise para a compreensão da relação pedagógica em contextos de aprendizagem. A psicanálise convida a olhar prestar atenção aos processos sociais e relacionais que têm lugar dentro da escola, e, que sendo imprevisíveis, não deixam de ser fundamentais, abrindo, assim, espaços para os sujeitos do aluno e do professor. Esta teoria encontra o seu lugar no campo das relações inter-subjectivas, que ocorrem na escola, e às quais a mediação oferece um espaço de reconhecimento.