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Com um pé na região e outro no mundo: O dualismo crescente da política externa ...

Author(s): Malamud, Andrés, 1967- cv logo 1 ; Rodriguez, Júlio César Cossio, 1982- cv logo 2

Date: 2013

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/9639

Origin: Repositório da Universidade de Lisboa


Description
Este artigo mostra como o Brasil se tornou um caso atípico dentro de uma categoria atípica: é um estado bifronte, mas não está puxado entre duas regiões mas entre uma região (para mais, difusa) e o sistema global. Apesar de sua preeminência regional, o Brasil tem sido incapaz de traduzir os seus recursos estruturais e instrumentais em liderança eficaz. Seus potenciais seguidores não têm apoiado suas principais metas de política externa, e alguns de seus vizinhos questionam até mesmo a sua supremacia material. Ao jogar a carta regional para alcançar fins globais, o Brasil acabou em uma situação inesperada: enquanto sua liderança regional cresceu no discurso, tem sido enfraquecida na prática. Mesmo assim, ele conseguiu crescente importância global e hoje é amplamente reconhecido como um global player. Hoje, o país é grande demais para deixar que a região amarre suas mãos, mas ainda pequeno para saltar para o mundo sem se preocupar com o potencial de dano de sua vizinhança. Assim, instrumentalizar a sua bifrontalidade continuará a ser um elemento essencial da sua política externa dual, dividido como está entre as restrições impostas pela geografia e os desafios provenientes da suas aspirações globais. This article argues that Brazil constitutes an atypical case within an atypical category. It is a cusp state but, unlike Turkey or Japan, it does not lie on the edge of, or in an ambivalent relationship with, two regions, but rather straddles a shifting region and the global system. In spite of its regional pre-eminence, Brazil has been unable to transmute its structural and instrumental resources into e'ective leadership. Its potential regional followers have not backed its main foreign policy goals, and some of its neighbors have even challenged its material supremacy. By playing the regional card to achieve global ends, Brazil capacity to translate it into support has been weakened. Even so, it has achieved growing global recognition and is widely acknowledged as an emerging global player. Today, Brazil is too big to let the region tie its hands, but still small to “go global” without caring about the damaging potential of its neighborhood. Thus, instrumentalizing its cuspness will remain an essential aspect of its dual foreign policy, as it stays torn between the restrictions imposed by geography and its aspiration to global recognition.
Document Type Article
Language Portuguese
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