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Imagens e leituras da Educação Nova em Portugal. Os relatórios de bolseiros por...

Author(s): Pintassilgo, Joaquim cv logo 1

Date: 2007

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/4007

Origin: Repositório da Universidade de Lisboa

Subject(s): Educação Nova; Viagens de bolseiros


Description
Nas três primeiras décadas do século XX, num período que cobre o arco temporal que vai do declínio da monarquia aos primórdios da ditadura, com uma maior concentração nas extremidades do referido arco, realizou-se um conjunto de viagens de bolseiros portugueses a instituições educativas de países europeus considerados, desse ponto de vista, mais desenvolvidos. Nelas participaram educadores portugueses bem conhecidos, como João de Barros e Irene Lisboa. A ideia, já antiga, era que esses educadores, contactando com as inovações aí introduzidas, contribuíssem depois para a sua difusão em Portugal e, consequentemente, para a modernização do sistema de ensino. Esses bolseiros produziram relatórios que dão bem conta das imagens que construíram sobre o movimento de renovação pedagógica que percorria a Europa de então, que vão do encantamento a um certo distanciamento crítico, bem como das leituras que faziam sobre a possibilidade de introduzir tais ideias e tais práticas no Portugal de então. Ao longo desse mesmo período e, em particular, durante a 1ª República, outros educadores frequentaram, ainda que a título particular e por motivos diversos, instituições inovadoras europeias, designadamente o Instituto Jean-Jacques Rousseau, tendo contactado com algumas das figuras representativas do movimento renovador. Foi o caso, entre outros, de António Sérgio. Como é conhecido, aliás, foram diversos os portugueses que integraram as redes internacionais, no que respeita ao campo pedagógico, então em desenvolvimento, com destaque para Faria de Vasconcelos. Vamos concentrar-nos, no presente texto, na análise dos relatórios dos bolseiros portugueses que, na primeira das fases anteriormente referenciadas, correspondente aos anos terminais da monarquia, percorreram diversas instituições educativas europeias, tendo-nos deixado relato escrito dessa sua experiência e ensaiado tentativas de comparação com a situação educativa portuguesa. As perguntas a que procuramos dar resposta são, então, as seguintes: em que medida se integraram os nossos educadores nessas redes de produção e de circulação de ideias pedagógicas? De que forma se apropriaram dessas ideias e as procuraram concretizar na realidade educativa portuguesa? Qual o contributo que deram à sua difusão? Quais os autores e referências do campo pedagógico mais presentes nos discursos e nas práticas então fomentadas? Qual a periodização que podemos estabelecer para a influência e presença das ideias inovadoras em Portugal e que expressões procuram dar conta dessa periodização?
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Language Portuguese
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