Autor(es):
Pintassilgo, Joaquim
Data: 2007
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/3976
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Educação Nova; Instituto Feminino de Educação e Trabalho
Descrição
Nas primeiras décadas do século XX encontramos referenciadas, na imprensa de educação e ensino, várias instituições escolares consideradas modelares, designadamente no que se refere à concretização de práticas pedagógicas inovadoras. O realce dado à sua exemplaridade tinha em vista, seguramente, a difusão de uma espécie de “boa nova” (a que chamaríamos hoje “boas práticas...) no seio do campo pedagógico. Pondo de parte a Escola Oficina Nº 1 de Lisboa – quase sempre apresentada como um caso à parte no panorama educacional de então -, encontramos entre as mais emblemáticas das referidas instituições o Instituto Feminino de Educação e Trabalho (nome por que foi designado, durante algum tempo, o ainda existente Instituto de Odivelas). Procuraremos avaliar o carácter paradigmático desta instituição, analisando as referências que lhe são feitas, para além das opções pedagógicas aí assumidas, não deixando de ter em conta a complexidade da relação entre tradição e inovação. Aproveitaremos, também, para reflectir historicamente sobre as virtualidades e os limites, o sucesso e o insucesso, do projecto da Educação Nova (em particular se perspectivado na longa duração), a partir do exemplo de uma instituição cuja longevidade (independentemente das fases que atravessou), lugar na memória e resultados actuais nos remetem para uma “história de sucesso”, noção que procuraremos, igualmente, discutir.