Autor(es):
El Sayed, Sara Rodrigues
Data: 2013
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/10465
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Bem-estar profissional; Burnout profissional; Stress no trabalho; Teses de mestrado - 2013
Descrição
Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia dos Recursos Humanos, do Trabalho e das Organizações), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2013 No sentido de lidar com o stress ocupacional e suas consequências na saúde e no bemestar
dos trabalhadores, surge a necessidade das organizações desenvolverem
intervenções terciárias para possibilitar o apoio psicológico e de saúde aos colaboradores
e aos seus dependentes. O modelo JDC de Karasek, baseando-se nas características do
trabalho, verificou que elevada exigência (quantidade de trabalho) associada a baixa
autonomia (controlo) conduz a um quadro de maior stress no trabalho. Do mesmo modo,
o modelo JDR demonstra que para além das características do trabalho, todas as funções
dentro do contexto de trabalho, têm também aspectos físicos, psicológicos, sociais ou
organizacionais do trabalho que visam reduzir as exigências do trabalho, atingir as metas
do trabalho e estimular o crescimento pessoal, a aprendizagem e o desenvolvimento - os
recursos. Neste presente estudo, partimos das características de trabalho do modelo de
Karasek, para estudar o burnout e o engagement, mas a sua conceptualização foi
amplificada numa perspectiva macro, na qual as práticas organizacionais, nomeadamente
as intervenções terciárias, foram considerados recursos do contextos cruciais para
explicar o bem-estar dos trabalhadores. Utilizámos uma amostra de 75 colaboradores de
uma empresa do sector informático no Brasil. Os resultados obtidos apontam para o facto
de que as práticas organizacionais não potenciarem o efeito dos recursos no engagement,
nem atenuarem o efeito das exigências no burnout mas revelarem uma relação directa
com o bem-estar dos trabalhadores. Ao nível da gestão do stress por parte dos recursos
humanos este estudo implica a necessidade de existir a diminuição ao nível das
exigências e o aumento dos recursos do trabalho (particularmente o suporte do chefe),
assim como o aumento das práticas organizacionais promotoras do bem-estar. In order to manage with the occupational stress and its consequences on the health and
well-being of workers, there is the need for organizations to develop tertiary
interventions to enable health and psychological support to employees and their
dependents. The JDC model of Karasek, based on the characteristics of the work, found
that high strain (amount of work) associated with low autonomy (control) leads to an
environment of increased stress at work. Similarly, the JDR model demonstrates that, in
addition to the characteristics of the work, all functions within the context of work, also
have physical, psychological, social or organizational aspects aimed at reducing the
demands of work, achieving goals and stimulate personal growth, learning and
development – the resources. In this study, we set the working characteristics of the
Karasek model to study burnout and engagement, but his conceptualization was
amplified in a macro perspective, in which organizational practices, including tertiary
interventions were considered crucial features of contexts to explain the well-being of
workers. We used a sample of 75 employees of a company in the IT sector in Brazil. The
results point to the fact that organizational practices did not potentiate the effect of
resources on engagement, or mitigate the effect of demands on burnout but reveal a
direct relationship with the well-being of workers. At the level of stress management for
the human resources, this study implies that it is necessary to decrease the level of
demands and increasing job resources (particularly the support of the boss), as well as
increasing organizational practices that promote the well-being .