Autor(es):
Junqueira, Luís
; Delicado, Ana, 1973-
; Truninger, Mónica
Data: 2013
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/10251
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Energias renováveis; Energia solar
Descrição
Ao longo da última década, as energias renováveis tornaram-se um dos principais
objetivos estratégicos em Portugal e na Europa enquanto forma de reduzir a produção
de energia com base em combustíveis fosseis e combater o aquecimento global e a
dependência energética face ao exterior. A produção de energia a partir de fontes
renováveis cresceu quase 20% entre 2000 e 2011, constituindo quase metade da atual
produção energética, com particular destaque para a energia eólica, cuja produção
aumentou 54 vezes desde 2000. Apesar de não ter acompanhado o aumento explosivo
da produção eólica, o crescimento da energia solar não deixou de apresentar alguns
marcos importantes, como a construção da central da amareleja, não tanto pela
contribuição quantitativa para o mix energético mas por se apresentaram como
alternativa à eólica para zona sul do país, menos ventosa mas com maior exposição
solar.
O processo que deu origem à central fotovoltaica da Amareleja é bastante particular em
Portugal. Enquanto a construção dos grandes parque eólicos teve origem numa
atribuição de licenças feita nível nacional que ficaram na posse de grande empresas do
setor energético, a central da amareleja foi impulsionada (pelo menos na sua fase
inicial) por uma dinâmica politica local centrada na ação da Câmara Municipal de
Moura. Este trabalho tem por objetivo estudar a reação social e as consequências da
instalação da central fotovoltaica da Amareleja com base num estudo de caso local, que
inclui entrevistas, observação etnográfica, análise documenta. Procura-se analisar a
posição sobre as energias renováveis em geral e sobre o projeto da central fotovoltaica
dos vários agentes políticos e económicos envolvidos assim como da população da
Amareleja.
Este trabalho está integrado no projeto “Consensos e controvérsias sociotécnicas sobre
energias renováveis”, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e em curso
no ICS-UL, em colaboração com a Universidade de Aveiro e o CRIA.