Author(s):
Guiné, Raquel
; Martinho, Célia
; Correia, Ana
; Gonçalves, Fernando
; Abrantes, José Luís
; Carvalho, Renato
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.19/1083
Origin: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Viseu
Subject(s): Fibras alimentares; conhecimento
Description
As fibras têm sido objecto de estudo nas últimas décadas e um dos temas frequentemente abordado é a relação entre
fibra alimentar e os benefícios para a saúde. Este trabalho pretendeu fazer uma análise estatística do conhecimento
da população portuguesa relativa às fibras alimentares. Foi realizado um inquérito por questionário entre Abril e Junho
de 2011 a uma amostra de 182 indivíduos. Foram abordados temas como hábitos de consumo, conhecimento sobre
fibras, meios de divulgação e informação, rotulagem dos alimentos, relação entre fibras e saúde, entre outros.
Alguns dos resultados obtidos indicam que aproximadamente 70% dos inquiridos possui idade entre 18 e 40 anos,
ensino universitário e vive no meio urbano. Os resultados mais relevantes indicam que por dia apenas 13% dos
inquiridos comem duas refeições com legumes e/ou saladas e 9% come no mínimo 3 peças de fruta. Os cereais
integrais nunca são consumidos por 41% e apenas 18% o fazem pelo menos uma vez por semana. Cerca de 35% dos
inquiridos sabem qual a origem das fibras e aproximadamente 70% afirma que existe maior quantidade de fibras nas
leguminosas, fruta com casca e nos alimentos integrais. A consulta dos rótulos dos alimentos revela interesse por
parte de 80% dos inquiridos, sendo que, do total de respostas, apenas 10% consulta sempre o rótulo. O teor de fibras
que o alimento possui não é do interesse de 43% dos inquiridos tendo em conta que esta informação nunca é
consultada ou então isso é feito raramente. Um valor semelhante (39%) refere que a quantidade de fibras não é tida
em conta aquando da escolha dos alimentos. A grande maioria (90%) dos inquiridos tem a noção de que a ingestão de
fibras contribui para a prevenção e tratamento de doenças. Das várias doenças referidas no inquérito, as mais citadas
foram a prisão de ventre (86%), obesidade (80%), doenças cardiovasculares e colesterol (7 %) e o cancro do intestino
(69%). Relativamente aos meios de divulgação e informação sobre fibras alimentares, a escola (44%) e a televisão
(41%) foram considerados os meios de divulgação mais adequados para incentivar o consumo, mas, na realidade, são
os centros de saúde e hospitais (25%) que têm mais informação disponível.
Com a realização deste trabalho foi possível concluir que o conhecimento dos inquiridos acerca de fibras alimentares é
insuficiente, e que apesar de lhes ser atribuída grande importância no tratamento e prevenção de doenças, o nível de
ingestão é muito baixo.