Document details

Retinoblastoma: a nossa experiência

Author(s): Pina, S cv logo 1 ; Azevedo, A cv logo 2 ; Santos, C cv logo 3 ; Pedrosa, C cv logo 4 ; Pêgo, P cv logo 5 ; Santos, MJ cv logo 6 ; Laranjeira, J cv logo 7 ; Cabral, J cv logo 8 ; Teixeira, S cv logo 9

Date: 2012

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.10/813

Origin: Repositório do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca

Subject(s): Retinoblastoma


Description
Introdução: O retinoblastoma é uma doença rara, sendo no entanto a neoplasia maligna intraocular mais comum da infância com uma incidência estimada de 1 para 15.000-20.000 nascimentos. É causado por uma mutação no gene do retinoblastoma (RB1), um gene de supressão tumoral. Um diagnóstico tardio relaciona-se com perda de função visual e potencialmente da vida. Objectivo: Avaliar os doentes com diagnóstico de Retinoblastoma observados e tratados no Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca nos últimos oito anos, em colaboração com o IPO de Lisboa, com o objectivo de caracterizar epidemiologicamente esta população e apresentar o respectivo tratamento e resultados terapêuticos. Métodos: Revisão retrospectiva e análise dos dados dos doentes com diagnóstico de Retinoblastoma observados e tratados no nosso serviço (em colaboração com o IPO de Lisboa) nos últimos 8 anos (2004-2012). Resultados: Foram observados e tratados um total de 11 doentes (15 olhos) com diagnóstico de retinoblastoma, 7 com doença unilateral (7 olhos) e 4 com doença bilateral (8 olhos). A idade média do diagnóstico foi de 21 meses, sendo que nos casos de doença unilateral a idade média de diagnóstico foi mais tardia (28,29 meses) relativamente aos casos de doença bilateral (8,25 meses). Seis crianças pertenciam ao sexo feminino (54,5%) e cinco ao sexo masculino (45,5%). Em apenas um caso havia história familiar (9,1%). A leucocória constituiu a principal forma de apresentação (63,6%), sendo o estrabismo a segunda forma de apresentação (18,2%). Os restantes doentes (18,2%, correspondentes a 2 casos) foram detectados numa fase pré-sintomática através de consultas de rastreio (um caso por história familiar, outro por prematuridade). Nos olhos onde foi possível tratamento conservador (oito olhos, 53,3%), após quimiorredução, fez-se tratamento com LASER e/ou crioterapia consoante a localização do tumor. Em cinco destes olhos esta terapêutica foi ainda complementada com termoterapia transpupilar (TTP), braquiterapia, radioterapia externa e/ou quimioterapia intravítrea, em Lausanne, no Hôpital Ophtalmique Jules Gonin. Dos olhos submetidos a tratamento conservador, foi preservada visão útil em 87,5%. Um total de sete olhos (46,7%) foi submetido a enucleação. Em nenhum doente foi detectada doença extraocular ou metastática. Os autores apresentam imagens em fotografia e vídeo referentes a estes casos e respectivo tratamento. Conclusão: Leucocória ou estrabismo são as principais formas de apresentação do retinoblastoma, mas associam-se a doença localmente avançada. O tratamento depende do tamanho do tumor, da lateralidade, do potencial de visão e da idade da criança. Quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamento, maior a probabilidade de preservar a vida, o orgão e a visão. Bibliografia: 1. Houston S., et al, “Current Update on Retiniblastoma”, Int Ophthalmol Clin. 2011; 51(1):77-91 2. Aerts I, et al, “Review Retinoblastoma”, Orphanet Journal of rare diseases 2006, I:31 3. Shields C, et al, “The International Classification of Retinoblastoma Predicts Chemoreduction Success”, Ophthalmology 2006, 113:2276-2280
Document Type Conference Object
Language Portuguese
delicious logo  facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
degois logo
mendeley logo

Related documents



    Financiadores do RCAAP

Fundação para a Ciência e a Tecnologia Universidade do Minho   Governo Português Ministério da Educação e Ciência Programa Operacional da Sociedade do Conhecimento EU