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Índice de anisocitose eritrocitária e disfunção endotelial

Author(s): Vasconcelos, P cv logo 1 ; Nédio, M cv logo 2 ; Heitor, S cv logo 3 ; Gil, V cv logo 4 ; Bragança, N cv logo 5

Date: 2012

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.10/773

Origin: Repositório do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca

Subject(s): Doenças cardiovasculares; Insuficiência cardíaca; Endotélio vascular; Índices de eritrócitos


Description
Introdução: O índice de anisocitose eritrocitária (RDW) foi recentemente apontado como indicador de risco cardiovascular e como possível marcador de disfunção fisiológica global. Um RDW elevado pode reflectir um estado inflamatório e elevado stress oxidativo ambos associados à progressão do processo aterosclerótico. A tonometria arterial periférica (PAT) é um método não invasivo para avaliação da função endotelial. Esta é aferida pelo índice de hiperemia reativa (RHI) que avalia as mudanças na amplitude das ondas de pulso em resposta à isquémia local (oclusão arterial temporária). A disfunção endotelial, por sua vez, é um sinal precoce do processo aterosclerótico. Objectivos: Determinar a associação entre os valores de RDW e de RHI, em doentes com disfunção endotelial documentada por tonometria arterial periférica (PAT). Material e métodos: Estudámos 239 doentes, admitidos por diferentes patologias na Unidade de Cuidados Intensivos de Cardiologia (UCIC) do nosso hospital e submetidos a PAT. Identificámos os doentes com disfunção endotelial e agrupamo-los de acordo com os tercis da distribuição de RDW para cada sexo (medido à data do referido exame). Avaliámos a eventual relação entre o os valores de RDW e de RHI, nestes doentes. A codificação, registo e análise estatística dos dados foi feita em SPSS - v19.0. Resultados: Do total de doentes estudados, 190 (79,5%) apresentavam disfunção endotelial, de acordo com os resultados da PAT (RHI≤2,3): 47% com RHI <1,7; 37% com RHI 1,7-2,1 e 16% com RHI 2,1-2,3. Destes 62% eram do sexo masculino. A média de idades encontrada foi 63 anos. O RDW destes doentes variou entre 11,9% e 21,3%. No sexo masculino, 41,5% apresentavam RDW elevado (≥ 13,7%) enquanto, no sexo feminino, apenas 18,1% apresentavam RDW superior ao valor de referência (≥ 14,4%). Aplicando o teste qui-quadrado para tendência linear, verificou-se que não existe associação estatisticamente significativa entre o valor de RDW e de RHI (p-value=0,838). Conclusões: Na amostra estudada, não se encontrou associação estatisticamente significativa entre os valores de RDW e RHI, pelo que consideramos que o RDW não é um bom marcador de disfunção endotelial. No entanto, a realização de estudos prospectivos com amostras de maiores dimensões e incluindo outras variáveis, serão necessários para esclarecer a relação entre o índice de anisocitose eritrocitária e disfunção endotelial.
Document Type Conference Object
Language Portuguese
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