Descrição
Introdução: A infecção por vírus influenza A H1N1 constituiu
a primeira pandemia deste século. Para reduzir a propagação,
foram enfatizadas medidas de protecção individual e atendimento
e internamento em áreas específicas, com isolamento
de gotícula.
Objectivos: Avaliar a importância da área de isolamento
para casos de suspeita de infecção por H1N1 num Serviço de
Pediatria. Caracterização da infecção nos doentes internados.
Material e métodos: Consulta do processo clínico, com
avaliação segundo parâmetros definidos pela Direcção Geral de
Saúde. Tratamento de dados em Microsoft Excel 2007.
Resultados: A área de isolamento teve oito camas, com
36% de ocupação. Dos 28 doentes internados, 82% tinham indicação
para investigação, positiva em 54%. Foi feita pesquisa
a 25 doentes fora do isolamento, positiva em 12%. Não ocorreu
infecção nosocomial.
Houve 23 casos, 74% de 16 de Novembro a 6 de Dezembro
de 2009. A idade variou entre seis semanas e 16 anos, com mediana
de um ano. A febre foi constante, tosse, rinorreia e vómitos
foram frequentes. Os motivos de internamento foram febre em
pequeno lactente, intolerância oral e hipoxemia. A terapêutica
antiviral foi instituída em 13 doentes, com uma resistência. Em
sete dos casos ocorreram complicações: pneumonia bacteriana
provável (cinco), convulsão febril e abcessos esplénicos.
Conclusões: As medidas foram eficazes. A área foi sobredimensionada.
Relativamente à pandemia, existem essencialmente
dados de organizações governamentais. Parece importante
confrontar resultados para definir estratégias para uma
futura epidemia. ABSTRACT
Introduction: The influenza A H1N1 infection was the first
pandemic in this century. To reduce the transmission, personal
protection measures were emphasized and clinical observation
and impatient care took place in specific areas, with respiratory
droplet isolation.
Objectives: To evaluate the importance of an isolation area
for children admitted to a pediatic ward with suspected H1N1 infection.
To characterize of the infection in hospitalized patients.
Material and methods: Clinical files’ review. Evaluation
according to parameters set by National Health Authority review
using Microsoft Excel 2007.
Results: The isolation area had eight beds, and 36% occupancy.
Of 28 inpatients, 82% met criteria for investigation, positive
in 54%. Investigation was done on 25 patients out of isolation,
positive in 12%. Nosocomial infection did not occur.
There were 23 cases, age ranged from six weeks to 16
years, 74% from November 16th to December 6th. Fever was
always present, cough, coryza and vomiting were common. The
reasons for hospitalization were fever in small infants, oral intolerance
and hypoxemia. The antiviral therapy was instituted in 13
patients, with one resistance. Seven of the patients with H1N1
infection had complications: probable bacterial pneumonia (five),
febrile convulsions and splenic abscesses.
Conclusions: The protective measures were effective. The
area was oversized. With regard to the pandemic, there is basically
data from government organizations. It seems important to
compare results to define strategies for a future epidemic.