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Espaços de heranças, apropriações e patrimónios partilhados. São Tomé e Prínci...

Autor(es): Ana Silva Fernandes cv logo 1

Data: 2012

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10216/61814

Origem: Repositório Aberto da Universidade do Porto

Assunto(s): Ciências Sociais; Estudos culturais; Estudos sobre o Terceiro Mundo, Ciências Tecnológicas; Arquitectura


Descrição
O território pós-colonial constitui um espaço de profundas mutações estruturais, onde a herança do colonialismo, a apropriação das estruturas herdadas e a construção de uma nova Nação representam transformações radicais na sua organização territorial, socioeconómica e identitária. E o espaço reflecte essas convulsões que sobre ele tomam lugar: as estratégias coloniais, as alterações ideológicas e da estruturação social promovidas pela independência, o rápido processo de urbanização e as lacunas infra-estruturais dele decorrentes ou a ainda recente criação dos mecanismos de organização e regulação nacionais, contribuem para que a luta pelo desenvolvimento constitua um desafio particularmente exigente nos territórios pós-coloniais. O caso da República Democrática de São Tomé e Príncipe, foco da investigação em curso, ilustra estas questões: sofreu vários processos de manipulação territorial e socioeconómica desde a chegada dos primeiros colonos, deles resultando estruturas que viriam a ser transformadas e apropriadas para suprir novas necessidades, conformando patrimónios partilhados. No entanto, essa colmatação está em muitos casos por solucionar, estando grande parte destas estruturas em avançado estado de degradação ou provendo insuficientes condições de habitabilidade e assistenciais. O processo de urbanização e as áreas de construção informal partilham desafios semelhantes, com lacunas infra-estruturais, carências habitacionais e de equipamentos de apoio, depositando extensas exigências nas políticas, agentes e acções de intervenção. Nesta comunicação, e através da apresentação de parte da investigação em curso, será abordada a interacção entre o espaço e a sociedade sob duas perspectivas: por um lado, mostrando a metodologia de investigação adoptada para a leitura da vivência do espaço, as dificuldades enfrentadas e as adaptações realizadas; por outro, apontando algumas percepções recolhidas junto de habitantes e de técnicos envolvidos na construção do território. Pretende-se assim discutir constrangimentos e potenciais por eles identificados, qualidades e fragilidades do espaço colectivo e habitacional, assim como as expectativas e os desafios que representam.
Tipo de Documento Documento de conferência
Idioma Português
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