Autor(es):
Rama, Luís
; Borges, Francisco
; Cartaxo, Tiago
; Teixeira, Ana Maria
Data: 2008
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10316/13586
Origem: Estudo Geral - Universidade de Coimbra
Descrição
São diversificadas as abordagens feitas no sentido de monitorizar a adaptação às
cargas de treino e competição a que os atletas são sujeitos no âmbito da preparação
desportiva. Com frequência recorre-se a metodologias invasivas no entanto o uso da
percepção fundamentado na capacidade desenvolvida no ser humano de autoavaliar
o nível do esforço tem ganho espaço no universo do controlo do treino (Borg,
2000). A percepção do esforço assume-se como um comportamento de controlo que
usa todas as fontes de informação e que irá determinar quais as atitudes que
conduzem quer à conquista de benefícios quer à preservação da saúde com
objectivos de adaptação ( Borg,1985, 2000; Noble & Robertson, 1996) . Várias
escalas de índices de percepção de esforço têm vindo a ser utilizadas com o intuito
de alcançar este objectivo (Borg, 2000). Estas escalas tem sido utilizadas como
avaliação da fadiga ou do “stress” fisiológico em tarefas de treino isoladas, ou ainda
como indicadores da prescrição do exercício ( Maglischo 1993, Costil e Wilmore
1994, Rushal, 1995). Durante as 26 semanas de uma época de Inverno completa foi
monitorizada a carga de treino (volume e intensidade do treino semanal) de uma
amostra de 46 nadadores, 23 dos quais atletas de nível nacional e os restantes de
nível de participação desportiva inferior. A percepção do esforço dispendido foi
controlada através da utilização de duas escalas. Foram utilizadas a versão
portuguesa da “RTL“ “Rating of Trainning Load “ de Berglund & Säfström (1994), e a
Cr10 de Borg (1982) Os resultados obtidos denotam uma elevada correlação entre
os valores da percepção do esforço determinados pelas duas escalas. ( r = .952 p<
.01) A elevada correlação entre os parâmetros da carga e a valorização do esforço
percepcionado pelas duas escalas sugerem a sua potencialidade na monitorização
do treino em natação pura desportiva ( r =0.843 para a RTL e r= 0.847 para a Cr10
p< .01 com o volume, e r = 0.726 para a Cr10 e r = 0.712 para a RTL (p< .01)com
a intensidade (UAC).