Author(s):
Lopes, Ana
; Castro, Emanuel de
; Gama, Rui
; Vieira, António
Date: 2004
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10316/13348
Origin: Estudo Geral - Universidade de Coimbra
Description
O
progressivo
aprofundamento
da
integração
europeia
tem
privilegiado
fundamentalmente as dimensões económica e política. Contudo, a construção de um espaço
comunitário sucessivamente alargado a novos Estados-membros tem permitido destacar
disparidades regionais, que tendo vindo a agravar-se, devem levar a actuações que conduzam
a uma maior coesão económica e social.
Dentro de um espaço com características muito heterogéneas existem territórios que,
por motivos históricos, políticos, sociais e económicos apresentam processos de
desenvolvimento semelhantes, sendo as realidades actuais muito díspares, resultado da
aplicação de políticas internas diferenciadas.
Através da observação e do estudo de diversos relatórios de desenvolvimento da União
Europeia e de alguns indicadores económicos, verifica-se que os países da Europa do Sul
apresentam evoluções e características semelhantes, embora com diacronismos diferentes.
A teoria neoclássica que tem servido de modelo a alguns estudos da União Europeia
assenta, essencialmente, em indicadores económicos directamente vocacionados para a
medição do crescimento económico. Porém, tais estudos deverão ser sempre complementados
com outro tipo de indicadores das mais variadas ordens, nomeadamente demográficos e
sociais. Só desta forma poderemos obter uma visão ajustada da realidade.
Um estudo de disparidades regionais, como pretende ser o presente, não poderá ser
apenas uma explicação meramente quantitativa e descritiva dos fenómenos, deverá
estabelecer padrões de comparação espacial entre os territórios em análise. O instrumento
metodológico utilizado foi, atendendo a este contexto, a análise multivariada de forma a
permitir agrupar um conjunto de variáveis correlacionadas entre si e, desta forma, estruturar um quadro interpretativo da realidade, resultante da agregação das variáveis iniciais. Assim,
através de um conjunto de variáveis (factores) podemos aferir o grau de desenvolvimento de
cada região (NUT II) da área em análise e conhecer os indicadores que são responsáveis pela
situação apresentada, quer em termos positivos, quer negativos.
Este será, então, o ponto de partida para uma análise classificatória, onde os indivíduos,
entendidos como unidades territoriais, ficarão agrupados em classes, de acordo com as suas
semelhanças, observáveis através do anterior estudo das variáveis. Estas classes devem ser
coerentes entre si e distinguir-se o mais possível umas das outras.
Após esta análise, é também nosso propósito verificar se as disparidades têm ou não
relevância no contexto português, utilizando um conjunto de variáveis para o nível espacial
NUT III para a Região Centro