Autor(es):
Borralho, António
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/8221
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Assunto(s): Práticas de ensino; Práticas de Avaliação;; Aprendizagem; Qualidade Ensino Superior
Descrição
A Declaração de Bolonha desencadeou vastas reformas nas instituições do ensino superior tanto a nível organizativo como estrutural, que deveriam ter implicações no processo de ensino, aprendizagem e avaliação, ao enfatizarem a tutoria universitária, pois envolvem a personalização desses processos e arrastam a opção por uma via de aprendizagem autónoma e cooperativa por parte dos estudantes. O papel do professor deveria ser o de orientador do processo de aprendizagem e facilitador da aquisição e desenvolvimento de competências básicas e profissionais nos estudantes, incrementando a sua autonomia, pensamento crítico e a reflexão sobre o seu próprio processo de aprendizagem (Zabalza, 2002).
Este paradigma implica, necessariamente, que os docentes universitários se desloquem do pólo do ensino para o pólo da aprendizagem e que se preocupem não apenas com o ensinar mas, sobretudo, com o fazer aprender. É necessário, por conseguinte, adaptar a organização, a planificação e os métodos de ensino e de avaliação aos diferentes modos e estilos de aprendizagem dos estudantes e aos seus diversos interesses, motivações, capacidades e expectativas. Vários estudos (Patrícia Albergaria-Almeida, José Teixeira-Dias, Mariana Martinho, & Chinthaka Balasooriya, 2011; Aliki Thomas, Alenoush Saroyan, & W. Dale Dauphinee, 2011) indicam que a utilização de métodos de trabalho assentes na mediação, participação e colaboração produzem impactos positivos na aprendizagem com resultados evidentes no rendimento académico. O desenvolvimento destas competências nos estudantes implica novas competências profissionais que obrigam a repensar as políticas de formação dos docentes do ensino superior.