Autor(es):
Fonseca, Ana
; Frade, Maria
; Marques, Céu
; Correia, Isabel
; Mendes, João
Data: 2011
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/4007
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Assunto(s): pessoa em situação crítica; representações sociais; enfermeiros
Descrição
Resumo do trabalho de pesquisa realizado em 2011 e apresentado em Comunicação Oral no dia 2 de Junho de 2011 nas 1ªas Jornadas Internacionais de Enfermagem da Universidade de Évora: a pessoa em situação crítica
Pessoa em situação crítica: Das Práticas às Representações
Autores: Ana Fonseca; Anjos Frade; Céu Marques; Isabel Correia; João Mendes
Introdução: A Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (2008), define Pessoa Crítica como: “aquele que, por disfunção ou falência profunda de um ou mais órgãos ou sistemas, a sua sobrevivência depende de meios avançados de monitorização e terapêutica”. A Ordem dos Enfermeiros define Pessoa em Situação Crítica por: Pessoa a vivenciar processos complexos de doença critica e/ou falência orgânica (OE, 2009).
Objetivos: Conhecer as representações sociais de pessoa em situação crítica, construídas por Enfermeiros e explorar as dimensões estruturais das representações sociais da pessoa em situação crítica, construídas por Enfermeiros.
Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, cuja amostra é constituída por 175 Enfermeiros que trabalham em serviços de cuidados intensivos e intermédios. A recolha dos dados foi realizada em Novembro e Dezembro de 2010, através de questionário com questões que visavam a caracterização sociodemográfica e um estímulo indutor (pessoa em situação crítica). Foram cumpridos todos os procedimentos ético-legais, em conformidade com as comissões de ética dos hospitais onde foi realizada a colheita de dados. Os dados foram categorizados recorrendo ao Microsoft Office Word® e processados no software Evoc® que forneceu a estrutura das representações sociais.
Resultados: Os participantes no estudo eram predominantemente do sexo feminino, com idade média de 35,9 anos e um desvio padrão de 9,2 anos. As palavras evocadas pelos enfermeiros foram 670, apurando-se 60 palavras diferentes. As representações sociais de pessoa em situação crítica têm a seguinte estrutura: o núcleo central, que fornece os elementos mais consensuais e difíceis de modificar, é constituído por: alterações hemodinâmicas, perigo de vida, emergência, administração de drogas, falência, cuidados, urgência, choque, pessoa com…, respiração, arritmia, prioridade, politraumatizado e procedimentos. A segunda periferia, que fornece elementos menos consensuais com maior carga individual, é constituída por: trabalho e alterações de consciência.
Conclusão: Analisando os resultados à luz das competências definidas por Patricia Benner, podemos referir que os elementos: instabilidade, alterações hemodinâmicas, perigo de vida, emergência e urgência se contextualizam no domínio dos cuidados de enfermagem, função de diagnóstico e de acompanhamento e monitorização do doente e no domínio tomada a cargo de situações de evolução rápida (Benner, 2001). Os elementos administração de drogas, cuidados, procedimentos e prioridades se contextualizam no domínio dos cuidados de enfermagem, função de diagnóstico, e de acompanhamento e monitorização do doente e do domínio administração e acompanhamento de protocolos terapêuticos (Benner, 2001). Os elementos pessoa com…, falência, choque, respiração, arritmia e politraumatizado contextualizam-se no domínio de cuidados de enfermagem, função de diagnóstico, e de acompanhamento e monitorização do doente (Benner, 2001).
Descritores: pessoa em situação crítica, representações sociais, enfermeiros