Autor(es):
Freire, Maria
Data: 2011
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/3940
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Assunto(s): paisagem; arquitectura paisagista; sustentabilidade; identidade; ética
Descrição
A mais recente transformação das paisagens tem conduzido a uma marcada ambivalência contextual (cada vez mais internacional e anónima), a uma enorme explosão da escala de intervenções (antes impensável) e à destruição da complexidade e da biodiversidade - tudo isto por ação do Homem. Nesta paisagem, espaço onde o Homem vive e que transforma em seu benefício, são dominantes os espaços banais, sem identidade própria e os fragmentados, sem qualquer integração contextual. A maior parte das características da paisagem são rápida e progressivamente substituídas por outras que, poucas vezes, consagram as suas especificidades culturais, ecológicas ou estéticas. Vivemos um período de mudança de atitude e comportamento do Homem face à paisagem, Depois da estigmatizada transformação e destruição que a modernidade, o crescimento das áreas urbanas e a mecanização trouxeram à paisagem, às preocupações − primeiramente funcionais e, depois, estéticas e ecológicas − acrescem, no presente, as preocupações de sustentabilidade, identitárias e éticas. Domínios onde a arquitetura paisagista tem uma missão importante, enquanto ‘arte social’ e ciência - o sistema de valores que trabalha, ao relacionar a Natureza e Cultura, reflete essa consciência simultânea, fundamental à qualidade de vida das pessoas e para uma vida de qualidade na perspetiva da sociedade de hoje com benefícios para as gerações vindouras.