Author(s):
Vaz-Velho, Catarina
; Biscaia, Constança
; Tavares, Sofia
Date: 2011
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/3511
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): Psicoterapia; Bem-Estar; Clientes; Terapeutas; Processo terapêutico
Description
Estando fundamentada a importância determinante das variáveis psicológicas nas capacidades das pessoas para gerir e construir o seu próprio Bem-Estar Subjectivo (e.g. Diener, Oishi & Lucas, 2003; Galinha, 2008) e considerando que o objectivo da psicoterapia não é apenas intervir no mal-estar e na perturbação mas também promover a capacidade de estabelecer, manter, monitorizar e reconstruir o sentimento de Bem-Estar Subjectivo (Vasco, 2009), o objectivo central deste Simpósio é o de apresentar reflexões e investigação que cruzam a ideia de Bem-Estar com a Psicoterapia, articulando Bem-Estar do cliente, Bem-Estar do terapeuta e processo terapêutico.
O simpósio é composto por três apresentações, duas teóricas e uma empírica.
Na primeira apresentação teórica reflecte-se sobre o lugar da psicoterapia na construção do Bem-Estar psicológico, na medida em que permite sair da repetição para a inovação, retomando o desenvolvimento onde ele ficou suspenso. Mas se o desejo é a mudança para alcançar um maior bem-estar, também é verdade que os pacientes pareçam ser especialistas em não mudar (Badaracco, 1992). Daí a importância de se reflectir sobre a resistência à mudança e da necessidade de tolerância a dor mental que a mudança psíquica implica.
Na apresentação empírica, partindo da perspectiva que as dimensões pessoais do terapeuta (nomeadamente o bem-estar) e as características específicas da prática terapêutica exercem os seus efeitos de forma mútua e interactiva, exploramos os resultados de um estudo conduzido com terapeutas no qual se associou uma medida subjectiva de bem-estar dos psicoterapeutas aos significados construídos por estes para o seu papel e experiências profissionais.
Na segunda apresentação teórica, perspectiva-se o Bem-Estar como resultante da capacidade de regulação das necessidades psicológicas básicas. Apresenta-se uma breve revisão do modo como as necessidades psicológicas básicas têm sido definidas e especificadas em diversos modelos psicológicos e psicoterapêuticos e reflecte-se sobre os processos psicológicos que podem estar envolvidos na capacidade do cliente regular, ou não, as suas necessidades psicológicas básicas e assim, o seu próprio Bem-Estar.