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Plantas medicinais da Península de Setúbal. Contribuição para o conhecimento da...

Autor(es): Santos, S. cv logo 1 ; Correia, A.I.D cv logo 2 ; Figueiredo, A.C. cv logo 3 ; Dias, L.S. cv logo 4 ; Dias, A.S. cv logo 5

Data: 2007

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/1353

Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora

Assunto(s): Ethnobotany


Descrição
A Península de Setúbal engloba ambientes muito distintos, na medida em que, por um lado, alberga cidades de grande/média e pequena dimensão, intimamente relacionadas com a capital, e por outro, áreas bem preservadas que integram parques naturais ou reservas/zonas protegidas. Assim sendo, os principais objectivos deste estudo prenderam-se com: 1) a caracterização dos remédios vegetais usados por populações distintas (as de áreas urbanas e as de áreas rurais); 2) a comparação e compreensão destas práticas (modo de aquisição e transmissão) e 3) a avaliação da influência da flora envolvente e da disponibilidade das plantas na sua persistência nestas populações. Os dados foram obtidos através de entrevistas semi-estruturadas a 121 pessoas, maioritariamente idosos, e permitiram recolher informações relativas ao nome vernáculo das plantas, à sua utilização terapêutica, ao seu modo de obtenção, aos procedimentos de colheita, à parte utilizada, ao seu modo de utilização, conservação e administração, a precauções/contra-indicações do tratamento e ao modo de avaliação da sua eficácia, à fonte deste conhecimento e a outras utilizações das plantas. Foram referidos 186 usos medicinais distintos para os 253 taxa tentativamente catalogados, correspondendo a [Lavatera cretica L., Malva spp. (M. nicaeensis All.; M. sylvestris L.; M. tournefortiana L.); Pelargonium graveolens L' Her.] (“malvas”) o maior número de usos (31), enquanto que o taxon mais citado foi Aloysia triphylla (L'Hérit.) Britt. (“doce-lima”) (60 entrevistas). O grupo terapêutico com maior número de usos atribuído foi “Sistema digestivo” e o uso mais citado foi “Estômago” (45 taxa). Para averiguar de que modo as plantas eram caracterizadas pelos usos e os informantes pelas características identitárias (idade, sexo, local de nascimento, local de residência, escolaridade e actividade profissional) e plantas usadas (espécies, modo de aquisição, objectivo e regularidade do uso), recorreu-se à Análise das Correspondências seguida de Classificação Automática. Verificou-se que apesar de muitas das plantas terem várias aplicações terapêuticas, eram frequentemente utilizadas em afecções fisiologicamente relacionáveis. Constatou-se também que os informantes residentes em áreas mais urbanas apresentavam características distintas daqueles que residiam em áreas mais rurais, sendo que a sua área de residência tinha influência nas plantas que usavam. Para muitos dos parâmetros analisados a percentagem de esquecimento/desconhecimento foi importante, revelando que muitos dos informantes já não têm bem presentes os conhecimentos da medicina tradicional, o que confere urgência a uma recolha mais exaustiva destes conhecimentos, antes que desapareçam por completo.
Tipo de Documento Parte ou capítulo de livro
Idioma Inglês
Editor(es) Centro de Biotecnologia Vegetal, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
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