Autor(es):
Sampaio, Mariana
; Tavares, Paula
; Madureira, Marta
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/11110/560
Origem: CiencIPCA
Assunto(s): Interatividade; Experiências visuais/plásticas; Expressão
Descrição
O livro ilustrado, nas suas duas linguagens, texto e imagem, é
quase sempre apresentado como um estímulo para a criança
aprender, falar e ler. Que, apesar de conviverem no mesmo espaço
– o livro – nem sempre são tratadas nem trabalhadas da mesma
forma. O uso da imagem, no livro ilustrado, está associado
às idades em que a criança ainda não tem domínio da escrita
sendo a descodificação e a exploração das imagens as primeiras
competências a serem adquiridas. À medida que a criança se
familiariza com a leitura verbal e com o desenvolvimento desta
competência, a imagem é gradualmente retirada do livro. Pretendemos
neste artigo apresentar o livro ilustrado e as atividades/
experiências visuais como instrumentos que ajudam a criança a
crescer sem frustrações através da educação da vista e do tacto,
descobrindo e desenvolvendo capacidades estéticas, emocionais
e intelectuais. Dentro do livro ilustrado pretendemos estudar os
livros-objeto ou interativos que exploram a linguagem verbal e
visual, criando uma narrativa plástica. Livros como os álbuns de
Warja Honegger– Lavater onde só se usam símbolos em vez de
palavras ou texto; os “Pré-livros” e os “livros ilegíveis” de Bruno
Munari; os “livros vazios” e os “livros espaço” de Kveta Pacovská;
os livros jogos como o “O cavaleiro coragem!” de Delphine
Chedru ou “The book with a hole” de Hervé Tullet. Mas também,
jogos/atividades como as criações de Mon Petit Art, Djeco e Mini
Labo que permitem explorar a tridimensionalidade e o brincar ao
faz de conta; entre outros. Todas estas referências são produtos
de experiências visuais e tácteis, repletos de estímulos para que
a criança seja capaz de explorar e comunicar verbalmente e visualmente,
articulando muitas vezes entre o bidimensional com o
tridimensional, a regra com o acaso e a forma com a “não forma”,
permitindo uma apreciação máxima do objeto.