Autor(es):
Albino, Manuel
; Duarte Martins, Nuno
; Mota Teixeira, Pedro
Data: 2010
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/11110/370
Origem: CiencIPCA
Assunto(s): abstracção; tecnologia; capitalismo; pedagogia; media
Descrição
No presente artigo propomos a discussão da abstracção enquanto objecto nos
diferentes discursos da Modernidade. Partimos da ideia da origem abstracta do
computador, segundo a abordagem histórica de Jon Agar — o computador como
reflexo da sociedade capitalista. Esta ideia poderá ser indício da natureza abstracta das instituições com maior sucesso na sociedade ocidental das últimas décadas, focandonos no conceito de MacDonaldização, proposto por George Ritzer.
Destas hipóteses encetamos um inquérito sobre o conceito marxista de real
abstraction, reflectindo sobre as diferentes naturezas da abstracção, e das
possibilidades de ser portadora de um sentido próprio. Esclarecemos esta relação,
analisando as possibilidades relativas à questão da origem da abstracção, assim como
das leituras sociais da mesma, quando considerada como objecto.
Problematizamos as acções pedagógicas, em temáticas como “a luta da memória
contra a razão”, considerando a abstracção como um fenómeno.
Finalizamos com a possibilidade da abstracção não ter origem, ou seja, não ter causa,
problematizando a relação entre doxa e razão, na sociedade contemporânea, dando
enfoque especial na Sociedade em Rede.