Autor(es):
Pereira, Filomena
; Veiga-Branco, Augusta
Data: 2014
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10198/9455
Origem: Biblioteca Digital do IPB
Assunto(s): Relações afectivas sexuais; Distúrbios do comportamento alimentar; Obesidade; Eating disorders; Sexuallity
Descrição
A componente afectivo sexual emerge como variável importante para a intimidade emocional e física tanto de homens como mulheres (Ambler, 2012), considerada integrante das relações íntimas (Bethany, 2008), pelo seu carácter promotor de bem-estar físico e emocional (Birgitta, 2004).
A obesidade assume-se como uma das pandemias com mais rápido crescimento (Bajo, 2010),e como factor de risco para muitas doenças crónicas (diabetes e doenças cardiovasculares), com evidências de que os pacientes obesos podem sofrer de depressão e vice-versa (Kadioglu, 2009; Larsen, 2007). A correlação entre estas duas variáveis, aparece em estudos que mostram que a imagem corporal e a auto percepção do corpo são uma característica essencial em experiências sexuais, especialmente em mulheres (Alba, 2013; Arcelus, 2012).
Verificar a associação entre as relações afectivas sexuais e auto imagem em pessoas com os distúrbios do comportamento
Foi elaborada uma RS criando uma síntese concisa da melhor evidência disponível, para conhecer o estado da arte relativamente à relação colocada entre as variáveis em estudo
Foi selecionada uma amostra de 20 artigos científicos, cujos critérios de inclusão foram: publicação entre 2006 e 2014, em jornais científicos indexados como: B-On, Scielo, Pubmed, Medline e Web of Knowledge, e nestes que incluíssem as palavras-chave: eating disorders, sexuallity, body image.surge a necessidade de o compreender em todas as suas dimensões. Foca-se que os DCA apresentam estados emocionais mais negativos, todavia, estes dados são baseados na observação clínica e não em investigação científica Pesquisas sugerem: relações íntimas/sexuais estão associadas com distúrbios do comportamento alimentar; pior funcionamento sexual em pessoas obesas leva-as a ingerir maior quantidade de alimentos; quanto maior o IMC maior prejuízos com a relação e comportamento sexual; obesidade não afecta a disfunção sexual pela diminuição de hormonas sendo a sexualidade afectada devido a estados emocionais
mais depressivos.
Defende-se que o acto de comer e a satisfação sexual estão relacionados, sendo que comer só por si é um prazer, convertendo-se numa substituição do prazer sexual, apresentando-se como resposta contra insatisfações sexuais e para esconder desejos sexuais e fugir ao sexo.
Embora se aponte para uma reduzida satisfação sexual em pessoas obesas há estudos que refutam essa teoria uma vez que a diminuição de hormonas não é signi