Author(s):
Ribeiro, Maria Isabel
; Fernandes, Andreia Filipa Fidalgo
; Gonçalves, Liliana
; Pacô, Maria Teresa
; Araújo, Rita
; Martins, Susana
Date: 2013
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10198/10226
Origin: Biblioteca Digital do IPB
Subject(s): Domicílio; Idoso; Recursos sociais; Risco de desnutrição
Description
No final do século passado e no início do presente a nutrição é reconhecida como a base da esperança média de vida emergindo a relação nutrição e envelhecimento como uma questão de saúde pública. Evidências epidemiológicas apontam para o facto do risco de inúmeras patologias associadas ao envelhecimento poder ser minimizado por uma intervenção adequada ao nível dos estilos de vida, nomeadamente, alimentação/nutrição, atividade física, entre outros. Os aspetos sociais como a pobreza, o isolamento social, entre outros, influenciam a ingestão alimentar e, consequentemente, o estado nutricional. Foram objetivos desta investigação identificar situações de desnutrição, avaliar os recursos sociais do idoso e verificar se existiam diferenças estatisticamente significativas entre os nutridos e os desnutridos no que diz respeito aos recursos sociais acessíveis ao idoso. Para esse efeito, recolheu-se uma amostra acidental, constituída por 109 elementos, de um total de 487 idosos, com 75 anos ou mais a residir, no domicílio, no concelho de Alfandega da Fé, distrito de Bragança. Na recolha de dados, que decorreu de novembro a dezembro de 2012, foram utilizados dois questionários, o Mini Nutritional Assessment (MNA) desenvolvido pela Nestlé Nutrition Institute (2006) e a Escala de Recursos Sociais (OARS) desenvolvida pela Duke University Center (1978). Do total de participantes, 62,4% (68) eram do género feminino e os restantes 37,6% (41) eram do género masculino. Os resultados mostraram que 28,4% (31) dos idosos encontravam-se em risco de desnutrição e 71,6% (78) registaram um estado nutricional normal. Uma percentagem significativa (40,4%) mostrou ter recursos sociais adequados, enquanto que a maioria (59,6%) apresentou ter recursos sociais deteriorados. A maioria dos idosos apontou os filhos, a esposa e a nora como sendo os principais cuidadores, em situação de doença ou dependência. Por fim, verificou-se que o estado nutricional não é diferenciador dos recursos sociais do idoso.
Após a realização deste estudo tornou-se evidente a importância de referenciar os idosos em risco e com recursos sociais deteriorados para um melhor acompanhamento por parte dos profissionais de saúde. Efetuar ações de sensibilização e educação como fazer uma alimentação saudável, incentivar o convívio social e promover a autonomia do idoso realizando ações para esse efeito é uma responsabilidade que deve ser partilhada por toda a comunidade.