O texto que se segue resulta de uma reflexão breve sobre o processo social português e a formação de fortunas capazes de enfrentar os desafios de um século todo ele virado, no estrangeiro, para o desenvolvimento industrial aproveitando as descobertas tecnológicas apoiadas no desabrochar do conhecimento científico verificado, na Europa, no século XVIII. Portugal, geograficamente,...
Na impossibilidade de levar a população de Portugala deitar-se no divã do psicanalista ou de lhe estudar as origens e respectivas motivações mais intrínsecas, podem tentar-se generalizações analíticas com base no estudo histórico dos comportamentos de segmentos sociais, previamente definidos em função de critérios mais ou menos claros e compreensivos, de modo a perceber-se quem é quem, de onde prov...
No ano de 1898, António Enes, antigo comissário régio em Moçambique, publicou a obra A Guerra d’África em 1895: Memórias. Editou-a a tipografia do jornal O Dia. Tem esse volume 631 páginas com a dimensão de 22 cm. Já no presente século, em 2002, a editora Prefácio, em edição de luxo, reeditou o livro a partir de uma anterior publicação prefaciada por Afonso Lopes Vieira, com um estudo de Paiva Couceiro, s...
Há já alguns anos que, debatendo-me sobre a problemática do anacronismo, me interrogava se era lícito discorrer e aplicar agoraa um qualquer contexto histórico um conceito que nos é actual, mas que, admitimos, tenha tido existênciano passado, embora dele, então, não houvesse completa consciência. Depois de muito estudo comparativo e meditação, conclui que não se pode generalizar automaticamente, porque há co...
A queda da Monarquia em Portugal foi mais do que uma simples mudança de regime político. Com efeito, os republicanos aspiravam a uma alteração social e cultural que, por certo, iria atingir mais profundamente estruturas que um acto político não tocaria. A cultura republicana era, acima de tudo, um corte com a tradição ou, se se preferir, com a pior tradição que correspondia à visão retrógrada da sociedade e, co...
É vulgar considerarem-se dois grandes períodos no ciclo dos Descobrimentos Portu-gueses do século XV: o henriquino e o pós-henriquino. Subjacente a esta divisão está, de uma forma mais do que evidente, a problemática da primeira viagem marítima para a Índia, ou seja, a navegação ao longo da costa ocidental da África com vista à meta desejada — o ponto de infle-xão para oriente. Em meu entender, embora se deva a...
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