Como explicar a qualquer Império – a cada Cidade absoluta – que cada homem pode aceder a um horizonte que a ultrapassa? Se não conhece outro fim que não o de constituir todo o sentido da existência humana, como pode conceber relativizar-se sem se anular? Nenhum Mandarim tinha conhecimento das duas esferas irredutíveis do Poder a que o cristianismo entretanto habituou o Ocidente. Por isso, não se podia dar uma p...
A indissolubilidade “do que Deus uniu” está hoje em causa, não tanto no fenómeno da falência de tantos matrimónios e na reivindicação do divórcio, quanto numa antropologia que dissocia, nas condutas privadas, nos institutos jurídicos, nas artes, nos valores morais, vários aspectos da sexualidade que no projecto da criação estão intimamente unidos. O cristianismo assume-se como testemunha e intérprete desse proj...
É um facto que estamos imbuídos de cristianismo, mesmo quando se trata de não crentes. Ele tornou-se cultural. E todavia, hoje volta a oposição extremada entre o secular e o religioso. O Reino de Cristo parece, de facto, algo de u-tópico (sem lugar neste mundo). Na verdade, porém, ele edifica-se já neste mundo, e nessa medida ele é "tópico". Mas a utopia cristã enforma a acção neste mundo, dando-lhe um sentido ...
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