Tenho acompanhado com grande interesse duas linhas de investigação que se desenvolveram nestes últimos tempos na historiografia açoriana e que tem tido expressão significativa entre investigadores do Departamento de História da Universidade dos Açores e na Revista Arquipélago. Ambas são complementares, mesmo que nem sempre esse aspecto tenha sido posto em realce. A primeira prende-se com a emigração açoriana pa...
Corria o ano de 1736 quando a coroa despertou para a situação anómala que se vivia no comércio insular com o Brasil e se decidiu discipliná-lo e a regulamentá-lo de novo. As anomalias enumeradas eram o número de navios enviados, que excediam os autorizados pelas leis estabelecidas e até agora esquecidas, a incorporação nos géneros enumerados de fazendas estrangeiras proibidas pela mesma legislação anterior e ca...
O fenómeno político e administrativo das capitanias na expansão portuguesa tem sido sobejamente estudado, mas quase sempre de um prisma jurídico e generalista, merecendo, contudo, também uma abordagem mais pormenorizada que é aquela que me proponho fazer aqui. Julgo, até, que com fins didácticos é possível estabelecer um esquema em três períodos que facilite a sua compreensão e depois aplicá-lo no estudo de cad...
Este trabalho, tal como o título indica, insere-se num esforço que tenho vindo a desenvolver no sentido de tentar uma interpretação do que penso poder chamar-se Historiografia Açoriana e que se traduz num levantamento crítico dos escritos com continuidade que ao longo dos vários séculos sucessivos intelectuais das ilhas empreenderam para explicar a evolução da sociedade açoriana, com as suas ambições, as suas f...
Foi-me pedido um escrito de opinião sobre os Arquivos da Região Autónoma dos Açores, na sequência de uma apreciação que fiz no lançamento do 1° volume da nova série do Arquivo dos Açores, para que se juntasse a outras que foram proferidas num encontro sobre Arquivos Insulares, que teve lugar na cidade da Horta e no qual não participei. Como já afirmei, quando moderei uma mesa redonda sobre esta temática na cida...
"Não é tarefa muito fácil escrever sobre a obra de Maria Olímpia da Rocha Gil, [...]. Foi a primeira historiadora açoriana a servir-se sistematicamente dos cartórios dos notários dos séculos XVI e XVII, cuja letra é tradicionalmente da mais difícil de interpretar e cujos documentos são herméticos e só com inaudita paciência e grande treino, se conseguem resultados palpáveis.[...]. O que é novo na obra da histor...
Com o fim da neutralidade portuguesa na guerra entre a Inglaterra e a França, em 1807, D. João retira-se para o Brasil e Portugal é invadido. A esquadra inglesa inicia um bloqueio aos portos portugueses e nos termos da aliança luso-britânica assume o papel principal na defesa das rotas do Atlântico. Estuda-se aqui a importância dos Açores nesta guerra, como ponto de abastecimento de cereais e como ponto estraté...
“Entre a literatura política açoriana, que não é muita, há um livro e um autor que sempre foram tidos como menores. O livro é a Corographia Açórica ou discripção phizica, politica e histórica dos Açores e o seu autor «um cidadão açorense, membro da Sociedade Patriotica Phylantropya n’os Açores» que se identifica só pelas iniciais J. S. d’A. de S. mas cujo nome era João Soares d’Albergaria de Sousa. As razões do...
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