“Ler (reler) O Barão, de Branquinho da Fonseca, sempre foi para nós um percurso de enebriamento (e de espanto, ao primeiro contacto) que nos obriga, forçosamente, a levar essa leitura ao fim de uma assentada. Talvez porque o texto tem um certo poder encantatório que muito deve a uma atitude lírica aí evidenciada, tanto mais surpreendente quanto a sua emergência de um contexto grotesco que a torna imprevisível. ...
“Escritor de poligráfica expressão, poeta da açorianidade e simultaneamente atraído pelos grandes temas universais, dividido entre a memória da infância (que pretende recuperar intacta) e as graves reflexões da maturidade, Vitorino Nemésio é bem o artista que expressa na sua poesia as perplexidades da escrita. Perplexidade não pela carência das palavras, que na posse delas sempre foi privilegiado, antes na acom...
“A evolução a que, desde cedo, assistimos, na ficção de Vergílio Ferreira, no sentido da implantação de um eu, cuja presença se acentua profundamente em Aparição (embora já presente em romances como Manhã Submersa e Cântico Final), para jamais se afastar da sua obra, reenvia-os à importância que ele confere ao homem como ser individualizado, possuidor de uma riqueza existencial única e inalienável. […]”
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