Autor(es):
Almeida, Maria Helena
; Lopes, Susana
; Telhada, Ana Eleonora
; Faria, Carla
Data: 2005
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.5/703
Origem: Repositório da UTL
Assunto(s): espécie arbustiva; flora autóctone; propagação vegetativa; conservação de recursos genéticos; Algarve
Descrição
Congresso Florestal Nacional: a floresta e as gentes - Actas das Comunicações Com este trabalho pretende-se contribuir para o desenvolvimento das técnicas de propagação vegetativa caulinar de algumas espécies arbustivas autóctones do Algarve, como Lavandula stoechas, Phlomis purpurea, Nepeta tuberosa, Teucrium polium, Thymus camphoratus, Pistacia lentiscus e Sideritis spp. Deste modo, pretende-se contribuir para a produção e disponibilização em maior escala de espécies que proliferam na flora algarvia, e que devido às suas reduzidas exigências hídricas e de manutenção, interesse ornamental e à elevada resistência a pragas e doenças podem constituir uma alternativa em jardins ou na requalificação de áreas degradadas com interesse ambiental (Costa, 2000). Algumas destas espécies apresentam também propriedades medicinais, aromáticas e/ou condimentícias, podendo constituir também uma fonte de rendimento alternativo para as populações rurais.
Foram testados diversos tratamentos com base em diferentes tipos de material caulinar, substratos e concentrações da hormona de enraizamento. A maioria das espécies apresentou uma boa capacidade de enraizamento, tendo-se obtido valores acima dos 50% nos melhores tratamentos, com a excepção da Pistacia lentiscus, com a qual o resultado foi nulo, em consonância com o que já havia sido referenciado na bibliografia consultada (Costa, 2000). As plantas resultantes do ensaio foram posteriormente caracterizadas do ponto de vista da qualidade. Os dados obtidos relativamente às raízes das plantas (enraizamento, peso seco, comprimento, diâmetro médio, volume, área superficial, comprimento por classes de diâmetro e classes de simetria das raízes) foram analisados através do WhinRhizo, que permitiu determinar qual o melhor tratamento para cada espécie.
Com o desenvolvimento destas metodologias de propagação vegetativa pretende-se contribuir de uma forma efectiva para a conservação genética da flora autóctone e simultaneamente, para a domesticação destas espécies arbustivas, autóctones da região Algarvia