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A intervenção psicomotora e os apoios na DID. Estudo comparativo da percepção d...

Autor(es): Valente, Pedro cv logo 1

Data: 2011

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.5/6854

Origem: Repositório da UTL

Assunto(s): Actividades da vida activa; Apoios; Dificuldade intelectual e desenvolvimental; Funcionalidade; Intervenção psicomotora; Multidimensionalidade; Participação e comportamento adaptativo


Descrição
Mestrado em Reabilitação Psicomotora Artigo I : A definição de Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental (DID) tem evoluído ao longo do tempo, sofrendo uma série de alterações inclusive no seu desígnio. Outrora relacionada com um simples défice de quociente de inteligência, a DID actualmente é associada a limitações ao nível do comportamento adaptativo, sendo a premissa para o seu diagnóstico que as dificuldades se manifestem antes dos 18 anos (Schalock, Gardner & Bradley, 2010b). Da mesma forma que a definição e conceito da DID foram actualizados, surgiu também uma alteração no seu paradigma, deixando de se focar na característica da pessoa mas passando a destacar-se uma perspectiva ecológica que foca a interacção individuo-ambiente e que reconhece que a aplicação sistemática de apoios individuais pode efectivamente melhorar a funcionalidade humana (OMS, 2001; Morato & Santos, 2007; Schalock et al, 2007a). Com estas mudanças, passou associar-se o conceito de apoios à DID. Este conceito é considerado fundamental para os modelos teóricos do funcionamento individual pela AADID (Luckasson et al., 2002) e pela OMS (2001), que o definem como “estratégias e recursos cujo objectivo visa a promoção do desenvolvimento, educação, interesses e bem-estar pessoal dos sujeitos, através da optimização do funcionamento individual” (Luckasson et al, 2002; OMS, 2001; Thompson et al, 2002; Thompson et al, 2009; Wehmeyer et al, 2009). Este trabalho pretende abordar os temas acima referidos através de uma revisão da bibliografia existente, fazendo um paralelismo com a importância da intervenção psicomotora enquanto apoio. Artigo II : O facto da definição e paradigma de DID ter evoluído ao longo dos anos, levou a que outro conceito tenha vindo a destacar-se e a ganhar maior protagonismo no que concerne à funcionalidade individual desta população – os apoios. Este facto baseou-se na modificação à forma como se passou a conceptualizar a dificuldade, considerando-se que a incapacidade da pessoa é, em grande parte, fruto da interacção desta num contexto que fracassa em lhe proporcionar os apoios necessários (Ortiz et al, 2010). A inclusão do conceito de apoios sob ponto de vista multidimensional da incapacidade, fortalecido pelo conceito de DID, converteu desta forma os apoios num elemento indispensável para entender as necessidades específicas das pessoas com dificuldades nas mais diversas áreas, agrupadas de acordo com as dimensões de qualidade de vida propostas (Schalock et, 2007). Em Portugal, ainda são poucos os trabalhos científicos que abordam as necessidades de apoio na população com DID, tornando-se útil um maior conhecimento e referenciação acerca desta temática nestes indivíduos. Desta forma, o presente estudo pretende dar continuidade ao que já feito nesta área e assim, comparar a percepção dos respondentes através da aplicação da Escala de Intensidade de Apoios. Na realização deste trabalho, foi utilizada uma amostra de 60 indivíduos (clientes, encarregados de educação/prestadores de cuidados e técnicos/auxiliares) e os resultados obtidos mostraram a existência de diferença significativa entre os indivíduos ao nível das actividades sociais, do emprego e da auto-representação.
Tipo de Documento Dissertação de Mestrado
Idioma Português
Orientador(es) Santos, Ana Sofia Pedrosa Gomes dos
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