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Hábitos de desparasitação em animais de companhia : inquérito a proprietários d...

Author(s): Matos, Mariana Silva Lopes Santos cv logo 1

Date: 2013

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/6099

Origin: Repositório da UTL

Subject(s): Cão; gato; práticas de desparasitação; endoparasiticidas; anti-helmínticos; ectoparasiticidas; zoonoses; saúde pública; Lisboa; Portugal; dog; cat; parasite control; endoparasiticides; anthelmintics; ectoparasiticides; zoonosis; public health; Lisbon


Description
Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária A utilização profilática de endo e ectoparasiticidas em animais de companhia assume uma importância fundamental a nível de Saúde Animal, mas também no que respeita à Saúde Pública e Ambiental, face ao potencial zoonótico de determinados parasitas. A aplicação adequada e regular de antiparasitários recai sobre os proprietários para uma proteção contínua do animal, contra qualquer infeção parasitária. Com o objetivo de avaliar as práticas de desparasitação em cães e gatos e o grau de conhecimento dos proprietários relativamente ao tema – bem como determinar quais os antiparasitários mais utilizados e o seu respetivo modo de aplicação – foi realizado um inquérito a 312 donos de cães e gatos, utentes do Hospital Escolar da Faculdade de Medicina Veterinária (Universidade de Lisboa). Como resultado, registaram-se com desparasitação interna 89,7% dos cães, 67,8% com frequência igual ou superior a quatro meses, e apenas 11,8% tratados com a periodicidade aconselhada (no mínimo trimestral); nos gatos, 63,7% eram desparasitados internamente, 60% dos quais 1-2 vezes/ano e de forma irregular. Nos cães, as moléculas mais usadas foram praziquantel, pirantel e febantel associados, e nos gatos, as lactonas macrocíclicas. Observou-se também que 92,2% dos cães eram desparasitados externamente, 51% seguindo um regime mensal (anual ou sazonal), sendo a forma spot-on (imidaclopride+permetrina) a mais utilizada (89%); apenas 28,4% dos cães estava protegido continuamente ao longo do ano contra as principais Doenças Caninas Transmitidas por Vetores, provocadas por pulgas, carraças, flebótomos e mosquitos. Somente 52,7% dos gatos eram desparasitados externamente, sendo no entanto em 35,7% dos casos um tratamento pontual. No que respeita ao conhecimento dos proprietários, apenas 15% mencionou as fezes de cães/gatos como fonte de transmissão de endoparasitas; 25% dos entrevistados desconhecia o risco de transmissão ao Homem de parasitas zoonóticos pelos seus animais, sendo a sarna, toxoplasmose e a leishmaniose as doenças parasitárias mais reconhecidas pelo público-alvo. Verificou-se adicionalmente que 37% dos inquiridos não procedia à recolha de fezes do seu cão em todos os espaços públicos. Estes resultados mostram que apesar da generalidade dos proprietários desparasitar o seu animal de companhia, esta é efetuada a intervalos irregulares e ineficazes. Considera-se por isso crucial a monitorização periódica da desparasitação (por técnicas de diagnóstico parasitológico), bem como a aposta na educação e consciencialização dos proprietários para este tema, fundamentais para o seu resultado final. ABSTRACT - Parasite control practices in companion animals: Survey on dog and cat owners, from Lisbon, Portugal. - The prophylactic use of ecto and endoparasitic drugs in companion animals has a fundamental role in Animal Health, but also in Public and Environmental Health, regarding the parasitic zoonotic hazard. The adequate and regular application of antiparasitic drugs relies on pet owners, to assure continuing protection against any parasitic infection of the animal. With the main goal of assessing parasite control practices in dogs and cats and public knowledge level about this subject – as well as to assess which and how antiparasitic drugs are being used – a survey was performed on 312 dog and cat owners attending the veterinary hospital at the Faculdade de Medicina Veterinária (Universidade de Lisboa). The results showed 89,7% of the dogs treated with endoparasitic drugs, 67,8% at four months‟ frequency or higher, and only 11,8% were treated with the advised treatment regimen (minimum trimonthly). In cats, 63,7% were treated with endoparasitic drugs, 60% of which were treated 1-2 times/year, irregularly. Praziquantel, pyrantel and febantel in association (dogs) and macrocyclic lactones (cats) were the most used molecules. Results have also shown that 92,2% of the dogs were treated with ectoparasitic drugs, 51% at monthly intervals (annually or seasonally), being the spot-on (imidacloprid+permethrin) the most used presentation (89%); only 28,4% of the dogs were unceasingly protected throughout the year from main Canine Vector Borne Diseases, transmitted by fleas, ticks, sandflies and mosquitoes. Just 52,7% of the cats were treated with ectoparasitic drugs, 35,7% of the cases resulting in an infrequent drug application. Concerning public knowledge level, only 15% recognized pet feces as a source of endoparasite transmission. 25% of the interviewed did not know the parasitic zoonotic risk from pets to humans, being scabies, toxoplasmosis and leishmaniosis, the most identified parasitic diseases by the target public. It was also checked that 37% of dog owners did not clean up their dog feces in all public places. Our results show that although pet owners apply antiparasitic drugs in general, it occurs at ineffective and irregular intervals. Therefore, periodic monitoring of the parasite control measures (through parasitological diagnostic techniques), along with pet owner awareness and education about this subject, is considered crucial for its final result.
Document Type Master Thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Carvalho, Luís Manuel Madeira de
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