Author(s):
Tomé, Margarida
; Faias, Sónia P.
; Beito, Sónia
; Feliciano, Diana
; Páscoa, Fernando
; Mendes, Américo
Date: 2005
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/594
Origin: Repositório da UTL
Subject(s): critérios de sustentabilidade; indicadores de sustentabilidade; gestão florestal sustentável; sustentabilidade florestal
Description
Congresso Florestal Nacional: A floresta e as gentes - Actas das Comunicações As florestas do Arco Atlântico constituem um conjunto biogeográfico notório devido ao seu clima oceânico temperado muito favorável ao crescimento das espécies florestais. A sustentabilidade é um conceito global discutido desde a cimeira do rio 1992 aplicável em diversas áreas inclusive na gestão florestal. O protocolo de Quioto, é um documento de elevada importância nas questões ambientais actuais, e a floresta tem um papel relevante no cumprimento dos seus objectivos estabelecidos, por contribuir para o armazenamento de carbono. Neste contexto surge o projecto FORSEE, iniciado pelo IEFC – Instituto Europeu da Floresta Cultivada, com a participação de diversos parceiros de Portugal, Espanha, Franca e Irlanda, cujas regiões seleccionadas como zonas piloto, se inserem no espaço Atlântico.
O objectivo principal do projecto, que abrange todos os seus participantes, fundamenta-se nos critérios e indicadores de gestão florestal sustentável, definidos nas conferências interministeriais de Lisboa 1998 e Viena 2003. O projecto contempla uma segunda abordagem que varia com a região piloto, em que cada uma se propõe a realizar um estudo aprofundado sobre cada um dos critérios, nomeadamente a contribuição das florestas para o armazenamento de carbono, o estado fitossanitário da floresta, a biodiversidade, as funções sócio-económicas e as funções de protecção da floresta. Duma forma sucinta, a finalidade deste projecto é fornecer métodos, instrumentos e competências às regiões participantes, para avaliação da sustentabilidade das florestas. Por outro lado permitirá uma acção de transferência à escala regional entre a rede de peritos internacionais e parceiros florestais nomeadamente os gestores, as organizações e os proprietários florestais. Além disso, esta escala regional permitirá consolidar os processos europeus de certificação e de gestão florestal sustentável e preparar a sua evolução futura no contexto do desenvolvimento sustentável dos territórios rurais do Arco Atlântico.
Na primeira fase do projecto foram seleccionados diversos indicadores de sustentabilidade com a participação de peritos dos diversos parceiros internacionais. Com a finalidade de proceder à sua avaliação, de forma semelhante em todas as regiões participantes, foi elaborado um protocolo de campo com métodos seleccionados da bibliografia existente, visando respeitar os procedimentos executados pelo inventário florestal de cada país. A implementação deste protocolo decorrerá nas duas zonas piloto de Portugal – Concelho da Lousã e região do Vale do Sousa, assim como nas zonas piloto dos outros países parceiros.