Autor(es):
Sousa, Maria Luísa de Castro Coelho de Oliveira e
Data: 2005
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.5/3688
Origem: Repositório da UTL
Assunto(s): Indústria Automóvel; Desenvolvimento; Portugal; Institucionalismo; Sociologia Económica; Automobile Industry; Development; Portugal; Institutionalism; Economic Sociology
Descrição
Mestrado em Sociologia Económica e das Organizações A abordagem institucionalista do desenvolvimento difere de outras teorias do desenvolvimento na medida em que não identifica um único factor crítico, mas aproveita as contribuições destas teorias, das quais faz uma revisão crítica, propondo não uma explicação universalista, mas uma teoria de médio alcance, que destaca o papel dos actores relevantes e dos processos de legitimidade a ele inerentes. Retomando a tese da incrustação do económico no social, esta abordagem identifica os padrões de organização social definidos através de processos históricos e culturais, que privilegiam determinado tipo de organizações, e não outras, com características específicas no que diz respeito à sua dimensão, formas de relacionamento com os ambientes, ligações à economia global, etc. A abordagem institucionalista do desenvolvimento, cujo enquadramento teórico se situa claramente na Nova Sociologia Económica, reúne contributos das teorias do desenvolvimento, da sociologia das organizações (em particular as abordagens Ecológica e Institucionalista) e da sociologia histórica. Na segunda metade do séc. XX foram muitos os países em desenvolvimento que tentaram criar uma indústria automóvel nacional através de políticas proteccionistas e de acordos com firmas multinacionais. Portugal também implementou a partir dos anos 60 uma indústria automóvel neste contexto, cujo desenvolvimento explicamos a partir da abordagem institucionalista, identificando os seus actores relevantes (Estado, elites nacionais e capital estrangeiro), os ambientes institucional e técnico (em particular a base tecnológica) e o padrão organizacional dominante. The institutionalist approach on development differs from other development theories by not identifying a unique critical factor to development. It considers the contributions of those theories, making a critical review on them, proposing not an universal explanation, but rather a medium range theory that underlines the role of relevant actors and inherent legitimacy processes. Recovering the embeddedness theory of the economic on the social, this approach identifies the social organisational patterns defined through historical and cultural processes, which privilege certain kinds of organisational forms, and not others, with specific characteristics in what concerns size, environment relations, links to global economy, etc. The institutionalist approach on development, whose theoretical framework is clearly inserted in the New Economic Sociology, gathers contributions from development theories, organisational Sociology (namely Ecologic and Institutionalist approaches) and Sociology with an historical perspective. In the second half of the 20th century there were several developing countries that tried to create a national automobile industry through protectionist policies and agreements with multinational firms. Portuguese started implementing its automobile industry in the early 60s in this same context. One explains its development with the institutionalist approach by identifying its relevant actors (State, national elites and foreign capital), the institutional and technical environments (in particular, the technological basis) and the dominant organisational pattern.